quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dia Internacional da Solidariedade!


solidariedade.

A solidariedade social é a condição do grupo que resulta da comunhão de atitudes e de sentimentos, de modo a constituir o grupo em apreço uma unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face de oposição vinda de fora.[1]

[2]== Solidariedade Mecânica == Característica da fase primitiva da organização social que se origina das semelhanças psíquicas e sociais (e, até mesmo, físicas) entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade, necessária à sobrevivência do grupo, deve a coerção social, baseada na consciência coletiva, ser severa e repressiva. O progresso da divisão do trabalho faz com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme.

Há importantes estudos sociológicos realizados pelo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra intitulada A Divisão do Trabalho. Sua tese é de que a sociedade era mantida coesa por duas forças de unidade. Uma em relação a pontos de vista semelhantes compartilhados pelas pessoas, por exemplo, valores e crenças religiosas, o que ele denominou de solidariedade mecânica. A outra é representada pela divisão do trabalho em profissões especializadas, que foi denominada de solidariedade orgânica. (Fonte: Wikipédia )              A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia 31 de agosto como Dia Internacional da Solidariedade, com o objetivo de promover e fortalecer os ideais de solidariedade entre as nações, povos e indivíduos.

Na Declaração do Milênio das Nações Unidas, a solidariedade foi reconhecida como um dos valores fundamentais para as relações internacionais no século XXI. (Fonte: IG Educa)
Geralmente quando falamos em solidariedade vem a cabeça a ideia de ajudar algum grupo atingido por  uma catástrofe natural ou guerra, mas, a solidariedade vai muito alem disso. Solidariedade começa dentro de casa e acontece na rua, no transporte publico, no trânsito, no trabalho, enfim, onde você estiver. Portanto seja solidário com quem estiver por perto, em pequenas atitudes, logo, seu gesto ecoara e cobrira o mundo. Seja solidário!

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Crescem protestos contra Ricardo Teixeira, Alpino via Yahoo! Colunistas

Crescem protestos contra Ricardo Teixeira, Alpino via Yahoo! Colunistas:

Articulado por um movimento de torcidas organizadas, protestos contra o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, marcam a última rodada do primeiro turno do Brasileirão

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Estádios Vazios Por Que?



Ontem (Domingo 28/08) foi um dia atípico para o futebol nacional, teve clássicos em todos os maiores centros do mercado brasileiro da bola. Alem do protesto contra o eterno dirigente "da bola" por aqui, intitulado #ForaRicardoTeixeira, que apesar do grande número de adeptos nao contou com a cobertura isenta da grande imprensa, outro fato me chamou a atenção: a violência. Bom, a imprensa em coro costuma dizer que o torcedor tem deixado de ir ao estádio por conta da violência. Mas, será que é por isso mesmo? Apesar de toda a rivalidade dos jogos do final de semana, o caso mais grave que aconteceu foi em Presidente Prudente ( que não é a casa nem de Palmeiras nem de Corinthians), onde segundo informações houve um principio de tumulto e logo depois apareceram dois palmeirenses feridos a bala. Não quero dizer que isso seja pouco, mas, se fizermos uma comparação com outros eventos da vida diária, veremos que a violência está em toda parte e nem por isso as pessoas tem deixado de sair a noite, de ir a igreja, de ir ao trabalho. O problema com a falta de torcedores nas arquibancadas esta mais ligada a falta de credibilidade que o esporte passa. Veja como ele é administrado; os interesses de cartolas e patrocinadores, aliados aos distribuidores de conteúdo esportivo levam a um resultado desastroso para o torcedor. Como confiar nos resultados? Como saber se quem esta em campo, realmente é quem tem talento ou simplesmente quem tem "costas quentes"? Alem do mais, tem os horários dos jogos, os preços dos ingressos, a dificuldade para de chegar as praças de jogos, a dificuldade para estacionar e o preço dos estacionamentos, sem falar na falta de craques em nossos times. Com o grande êxodo de jogadores brasileiros para outros países quando são apenas promessa, temos que nos contentar com aqueles que não interessam ao apetite vorás de cartolas e empresários, que trabalham dia e noite para ficarem cada dia mais milionários e deixar nossos campeonatos cada vez menos atraentes. Conclusão; a teoria de que a violência afasta o torcedor pode ate ter um pouco de consistência, mas cai por terra assim que passamos a ver o futebol de forma macro. Torcidas organizadas ou não, apenas nos gostamos de futebol. Cartolas gostam apenas de dinheiro. Salvem o Futebol!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pense, critique, decida!

Bebê (marcas)


"O conceito de moda apareceu no final da Idade Média (século 15) e princípio da Renascença, na corte de Borgonha (atualmente parte da França), com o desenvolvimento das cidades e a organização da vida das cortes. A aproximação das pessoas na área urbana levou ao desejo de imitar: enriquecidos pelo comércio, os burgueses passaram a copiar as roupas dos nobres. Ao tentarem variar suas roupas para diferenciar-se dos burgueses, os nobres fizeram funcionar a engrenagem — os burgueses copiavam, os nobres inventavam algo novo, e assim por diante." (Folha). 

Hoje tento compor aqui algo relativo a moda. Depois de ler o noticiário da manhã, ler meus emails e dar uma "zapeada" na rede, me veio o desejo de falar sobre o tema. Você tenta seguir ou faz moda? Ah, esqueci de dizer, o texto não se restringe a moda no sentido de "vestir".  "A palavra "moda" vem do latim modus, significando "modo", "maneira". Em inglês, moda é fashion, corruptela da palavra francesa façon, que também quer dizer "modo", "maneira"." Portanto um assunto abrangente. Quem deseja seguir as tendências da moda, precisa estar atento, informado e bem estabelecido. Digamos que você queira ter o celular mais moderno; a indústria sempre oferecera um melhor a cada mês. Carro: existe uma infinidade de fabricantes; modelos nem se fala. O marketing trabalha fortemente para lhe dizer o que você deve consumir.
 Porém a coisa se complica quando a moda dita o que as pessoas devem pensar e como devem agir. Por exemplo, hoje esta na moda falar em descriminalização das drogas, quem levanta essa bandeira é considerado "cool", antenado e por ai vai.
 O ex-presidente FHC, sociólogo e pensador esta em campanha, já tem um documentário (Quebrando o Tabu, dirigido por Fernando Grostein Andrade), e fala abertamente mundo a fora sobre o assunto. Acredito que FHC tenha credenciais para discutir sobre o tema, mas vejo pessoas totalmente leigas, formadores de opinião, dando declarações contra ou a favor, sem nenhum conhecimento de causa. Com isso trazem um retrocesso ao debate.
 Notório é que a guerra as drogas não deu certo, mas dai a simplesmente legalizar, não creio ser o melhor caminho. 
Confesso que toda vez que ouço um especialista contra ou a favor da descriminalização fico tentado a abraçar a causa daquele que acabo de ouvir. Os argumentos são fortes. 
Outro assunto que esta em voga é a questão do homossexualismo, por ser um assunto "midiático" tem se ouvido muita besteira de todos os lados. Não sou contra as lutas pelos direitos das minorias, sejam elas quais forem, mas, para emitir uma opinião, faz-se necessário no mínimo conhecimento e estudo de causa.
 Usar um estilo de roupa, porque fica legal em outra pessoa, é até aceitável, mas, abdicar do seu direito de pensar e criticar porque esta ou aquela pessoa disse que é certo ou errado é no mínimo comodismo e pode atrofiar seu cérebro.

Luciano Nunes assunção

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

METRÔ COMEÇA A IMPLANTAR NOVO SISTEMA DE RECARGA DO BILHETE ÚNICO NO PRÓXIMO DIA 23

O Metrô dará início à transição do atual sistema de recarga do Bilhete Único (BU), a partir das 5h30 do próximo dia 23 (terça-feira). Ao todo, nas 62 estações do sistema metroviário, haverá aumento de pontos assistidos de carga e recarga do BU (de 70 para 80), das máquinas de atendimento automático (de 23 para 182) e dos equipamentos de recarga automática de vale transporte (VT) e consulta de saldos (de 254 para 353).
Com a mudança, o número de empresas responsáveis por esses serviços passa de um para quatro. Isso permitirá a ampliação dos canais de acesso para carga e recarga dos bilhetes, garantindo a melhoria da qualidade do serviço e, consequentemente, a redução de filas.
Já no início da transição, a partir de terça-feira (23), 25 estações terão novas cabines de atendimento assistido, que realizam carga e recarga do BU. São elas: Ana Rosa, Vila Mariana, Santa Cruz, Praça da Árvore, Saúde, São Judas, Tucuruvi, Parada Inglesa, Jardim São Paulo, Santana, Brigadeiro, Paraíso, Santos-Imigrantes, Alto do Ipiranga, Corinthians-Itaquera, Artur Alvim, Patriarca, Guilhermina-Esperança, Vila Matilde, Penha, Palmeiras-Barra Funda, Marechal Deodoro, Santa Cecília, República e Pedro II.
Estima-se para meados de setembro a instalação de novas cabines assistidas em mais 15 estações: Anhangabaú, Bresser-Mooca, Belém, Tatuapé, Carrão, Vila Madalena, Sumaré, Clínicas, Consolação, Trianon-Masp, Chácara Klabin, Butantã, Faria Lima, Pinheiros e Paulista. As demais estações têm instalação prevista a partir da segunda quinzena de setembro.
No início da transição, algumas estações do Metrô contarão apenas com máquinas de atendimento automático, onde é possível fazer somente a recarga do Bilhete Único. Essa recarga pode ser feita com cédulas ou cartão de débito. Haverá monitores para orientar os usuários na utilização desses equipamentos.
Nesse período, os usuários do sistema também terão a facilidade de recarregar seus cartões em endereços próximos às estações (esses locais serão informados em cartazes nas estações).
Veja aqui os postos de recarga:
Linha 1-Azul

Linha 2-Verde

Linha 3-Vermelha

Linha 5-Lilás

O Metrô já iniciou campanha informativa antecipando as alterações, com cartazes e folders nas estações, além de comunicação veiculada na TV Minuto (no interior dos trens).
Mais detalhes sobre o sistema de recargas do Bilhete Único no Metrô podem ser conhecidos no site www.metro.sp.gov.br ou também pela Central de Informações do Metrô (tel. 0800 7707722).
Para maior comodidade nesse período, o Metrô recomenda a recarga com antecedência.

19 de agosto de 2011
via Boletim informativo do Metro.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Produto do Sistema.




"ser de esquerda hoje é preferir a desordem à injustiça"
(Bernard Henry-Lévi, filósofo francês)                       


Começo este post com uma citação que descreve exatamente a revolução silenciosa ( as vezes nem tanto) que esta acontecendo em nossa sociedade. Já me considerei um cara de esquerda, hoje em dia nenhuma linha filosófica, politicamente falando consegue expressar ou mitigar meus anseios como "ser político", afinal  querendo ou não, todos fazemos política. O assassinato da juíza Patricia Acioli no Rio de Janeiro, expõe drasticamente o tipo de sociedade que esta se formando no Brasil. Os valores estão totalmente invertidos, não quero ser repetitivo,  muito menos usar clichês, é que a verdade bate a porta, e não tem como deixarmos de abrir para que ela entre e nos olhe nos olhos. A juíza foi morta segundo as primeiras analises por que exercia o seu trabalho com esmero, quer dizer, fazia com que a lei fosse cumprida. O que cria no consciente coletivo a ideia de que por aqui, quem tenta fazer as coisas de maneira correta morre, ou no mínimo é posto a margem do sistema. Que fique bem claro, que ate o momento ninguém pode afirmar que ela foi executada pelo crime organizado, seja ele publico ou privado. Por enquanto são apenas suspeitas. Sabemos, que no Rio e em todo o resto do pais, o crime domina em todas as esferas, basta dar uma olhada no noticiário, todos os dias estouram denuncias de corrupção em todas as esferas de governo, nas policias, e nos bairros. Quando um político é acusado de corrupção e nada acontece a ele, no máximo uma demissão, ele da um aviso para toda a sociedade que se você tiver poder, nada lhe acontecera. O bandido lá da favela ou do asfalto ouve essa mensagem, ele quer ter poder, e o poder dele sera conquistado na base da violência, afinal, ele não pode pagar os altos honorários dos grandes escritórios de advocacia com o "Senhor Ministro", então ele resolve na bala. Seja matando um juiz, um policial, ou qualquer pessoa que entre no seu caminho na busca pelo poder. 
Hoje, os heróis dos meninos da periferia são os caras do PCC, (não estou fazendo apologia). Esses caras tem dinheiro, tem poder, e podem dar uma relativa proteção. O Estado, da maneira que tem sido administrado, não conhece a base da pirâmide. Quando a coisa aperta, o Estado invade e manda matar. O juiz carioca João Batista Damasceno sintetiza bem o problema de o Estado" tentar resolver a violência com violência: " O perigo de se criar cachorros bravos e deixá-los soltos para atacar os indesejáveis aos seus donos é que depois não mais distinguem a quem estão autorizados a morder."                            
O modelo de sociedade que esta em curso não só aqui no Brasil mas em quase todo o mundo tem um efeito colateral terrível, a informação chega muito rápido, e as vezes distorcida. Basta analisar o ciclo pernicioso que a vida se tornou, para notar que os excluídos se rebelam de alguma maneira. Não adianta achar que o cara que foi maltratado o tempo todo pela vida ira retribuir com flores. 
Claro que existem casos de pessoas com poucas oportunidades que acabaram dando certo, mas na maioria, quem recebe chutes esta devolvendo tiros. A publicidade esta cada vez mais especializada em vender, a industria em criar, e as pessoas cheias de desejos e necessidades. Se o "tiozinho" lá do congresso pode roubar milhões e não ser preso, por que o "moleque" que rouba ou trafica pra ter alguns desejos realizados não pode?         
 Ou os formadores de opinião, aqueles que tem os microfones fazem alguma coisa, ou os bandidos farão. Eles estão cheios de boas intenções, se forem para o inferno, nem ligam, a vida deles por aqui já se parece um...

Luciano Nunes Assunção

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Texto desnecessário! #DiaDoSolteiro

Coração

Hoje 15 de Agosto é comemorado aqui no Brasil o Dia Do Solteiro. Como de costume em datas populares na "rede" costumo fazer uma breve pesquisa e escrever algo sobre o tema aqui no Blog. Hoje, como estou meio sem tempo e devido a falta de informação sobre a data, fico devendo a origem da comemoração. 
Segundo alguns sites o Brasil conta com 30 milhões de solteiros e 27 milhões de solteiras, o que leva a crer que se você for homem e estiver em busca de sua "media naranja" terá um pouco mais de dificuldade que uma  solteira. 
Acredito que em breve, se já não houver em algum lugar deste nosso enorme pais algum legislativo que tente emplacar o "Dia do Orgulho de ser Solteiro" como tentam emplacar aqui em São Paulo o "Dia do Orgulho Hétero". 
Cabe aqui um parêntese: (sugiro aos legisladores, que pelo jeito andam bastante ociosos que procurem um terreno para capinar). Voltando a data em comemoração, acho legal essas datas comemorativas que tem como objetivo divertir, debater e informar sobre o assunto. 
Se você estiver solteiro e se sentir bem por assim estar, ótimo. Se esta solteiro e busca alguém, arregace as mangas e vá a luta, tem muitas pessoas nessa condição; porém não parta para o desespero, ficar com alguém só para não estar só é um gesto egocêntrico e uma maneira de multiplicar a infelicidade. Enfim, desejo a todos um Feliz dia do Solteiro, viva cada momento da sua vida sabendo que ele será único, como tudo na vida, portanto, solteiro, casado ou enrolado, seja feliz...

domingo, 14 de agosto de 2011

Feliz dia dos Pais!

Pai (Fabio Jr) compartilhar ▼
Pai!
Pode ser que daqui a algum tempo
Haja tempo prá gente ser mais
Muito mais que dois grandes amigos
Pai e filho talvez...
Pai!
Pode ser que daí você sinta
Qualquer coisa entre
Esses vinte ou trinta
Longos anos em busca de paz...
Pai!
Pode crer, eu tô bem
Eu vou indo
Tô tentando, vivendo e pedindo
Com loucura prá você renascer...
Pai!
Eu não faço questão de ser tudo
Só não quero e não vou ficar mudo
Prá falar de amor
Prá você...
Pai!
Senta aqui que o jantar tá na mesa
Fala um pouco tua voz tá tão presa
Nos ensine esse jogo da vida
Onde a vida só paga prá ver...
Pai!
Me perdoa essa insegurança
É que eu não sou mais
Aquela criança
Que um dia morrendo de medo
Nos teus braços você fez segredo
Nos teus passos você foi mais eu...
Pai!
Eu cresci e não houve outro jeito
Quero só recostar no teu peito
Prá pedir prá você ir lá em casa
E brincar de vovô com meu filho
No tapete da sala de estar
Ah! Ah! Ah!...
Pai!
Você foi meu herói meu bandido
Hoje é mais
Muito mais que um amigo
Nem você nem ninguém tá sozinho
Você faz parte desse caminho
Que hoje eu sigo em paz
Pai! Paz!...
Que neste dia cada filho possa ver em seu pai um amigo, o mais próximo de todos. Feliz dia Dos Pais!

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Opinião do Lance sobre Nota da #Globo.


L! OPINA: Com Globo, a 'patota' pode ficar mais forte

'Patota' a que se referiu Teixeira pode ficar ainda mais forte com divulgação dos princípios editoriais das Organizações Globo

  
LANCEPRESS!
Publicada em 12/08/2011 às 08:36

É louvável a iniciativa do maior grupo de comunicação do país de tornar públicos os princípios editoriais que regem a prática de seu jornalismo, amplamente divulgados nas diversas plataformas de mídia das Organizações Globo ao longo dessa semana. Mais relevante ainda quando enquadrada num contexto em que o exercício da ética, o respeito ao interesse público e aos valores republicanos dia após dia vêm sendo vilipendiados nos corredores e gabinetes das mais distintas esferas do poder político. E também em muitas esferas do esporte.

O documento da Globo deixa claro os compromissos com a independência e com a isenção. Determina uma prática apartidária, laica, que não se colocará a favor ou contra governos, igrejas, clubes, partidos ou grupos econômicos.

Estabelece, nesse sentido, condutas a serem cumpridas por todos os seus profissionais, em todos os níveis do jornalismo, perante as fontes, o público, os colegas e o veículo para o qual trabalham. Sempre voltadas para a defesa intransigente, entre outros princípios, da democracia, das liberdades individuais e da livre iniciativa, também tão caros a este LANCE! O poder de influência das Organizações Globo, por sua abrangência nacional, tem a força de um canhão. Uma posição conquistada pela credibilidade construída ao longo dos anos, em que os acertos em larga escala superam os erros. O que sai nos telejornais, e nos outros veículos da Globo, ajuda a formar a opinião, a consciência de milhões de brasileiros de Norte a Sul do país. Para os que defendem as causas do bem, sair no Jornal Nacional é uma vitória. Aparecer "mal na fita" deixa em pânico personagens conhecidos da vida pública nacional.

Não foi à toa que o presidente da CBF Ricardo Teixeira, na recente matéria publicada pela revista Piauí, declarou, comentando a série de denúncias contra ele: "Só vou ficar preocupado quando sair no Jornal Nacional". Uma frase dita com a arrogância de quem se acha protegido e capaz de influenciar editorialmente o principal programa jornalístico da televisão brasileira.

Qualidade técnica, competência do quadro de profissionais, o jornalismo da Globo tem de sobra. Não foram poucos os desmandos denunciados na política e no restante da vida do país, gerando punições, cassações e até prisões. De dar orgulho pelo dever cumprido.

Também no esporte existe esta competência e vontade de fazer direito. Ainda assim, em mais de uma ocasião, este LANCE! se sentiu na obrigação e criticou posições da Globo quando julgamos que estas não eram condizentes com os interesses maiores do esporte.

Agora, a publicação dos princípios editoriais e sua aplicação nos temas do esporte em que pese os vultosos e legítimos negócios da emissora nessa área nos enche de esperança.

Confiamos que a prática de um jornalismo pautado pelo interesse do torcedor, pelo crescimento do esporte via profissionalização das entidades e dos clubes fará com que alcancemos o estágio elevado com que sonham os milhões de amantes do futebol e do esporte brasileiro como um todo.

Assim, a "patota" como Teixeira referiu-se a este LANCE!, à Folha de S.Paulo, ao UOL e à ESPN, reclamando das críticas na mesma entrevista à Piauí ficará ainda mais forte ao contar com um aliado de tamanha força.

Leia mais no LANCENET! http://www.lancenet.com.br/sao-paulo/OPINA-Globo-patota-ficar-forte_0_534546560.html#ixzz1Uoacanzv
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Não li, e nem faço questão de ler essa nota que a Globo distribuiu a imprensa sobre seus princípios editoriais. Quem acompanha a programação da "Venus Prateada" sabe que a sociedade e vista por ela apenas como cifrões, nada mais que isso, o que ela quer é apenas dinheiro e poder, para assim influenciar cada dia mais, em todos os segmentos. Então, esta nota significa apenas "jogar para a torcida".


quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sou Brasileiro. Cansei! Basta!

Desilusão

Hoje desde que acordei não parei de pensar em como é difícil ser brasileiro, seja qual for a sua classe social, desde que se tente "andar na linha", ou seja, se você for alguém honesto, correto, digno e trabalhador; terá grandes dificuldades em sobreviver por aqui. Agora, alguém que deseja prosperar por estas terras "tupiniquins" terá com certeza em vários momentos de sua trajetória que enfrentar o dilema: compro alguém para facilitar meu caminho ou tento escalar as barreiras que são impostas a quem tem princípios? Bom, este texto na verdade é um desabafo, não tenho a pretensão de ser lido por muitas pessoas, nem de abrir os olhos da sociedade para uma virada de jogo. Este texto tem apenas o objetivo de expressar a a indignação que se instala em minha mente a cada dia. Machado de Assis no prólogo de seu Memórias Póstumas de Brás Cubas, brinca com o leitor dizendo esperar que 5 ou 2 pessoas leiam seu livro, um "Best Seller", como não sou escritor, não conheço técnicas de marketing para dizer aqui neste Blog o que as pessoas desejam ouvir. Os desejos e necessidades do publico provavelmente não serão satisfeitos, se alguém teve coragem para vir ate aqui, e portanto já percebeu que não vou jogar para a torcida, sugiro que pare a leitura, vá ate o Google Search e procure uma revista de fofocas ou celebridades. Acredito com muita esperança e dedos cruzados que umas 5 pessoas vieram ate aqui, e uma 2 terão coragem para continuar. Bom, quase fugi do assunto. Quem lê jornal, assiste ao noticiário televisivo ou participa de redes sociais, deve estar minimamente por dentro da "bandalheira" que tem sido a política nacional, e o problema não é exclusivo deste ou daquele partido, o problema esta enraizado em todo o sistema político brasileiro e em todas as instituições publicas nacionais. Portanto, culpar este ou aquele grupo político por tanta corrupção, no mínimo soa ingenuidade ou ignorância sobre o tema. Se existisse um grupo realmente interessado em melhorar a imagem da política nacional, com certeza receberia o apoio irrestrito da população, se não temos propostas concretas, nem vemos uma luz vinda de nenhum grupo é porque não existe nenhum "partido do bem". Todos desejam o poder simplesmente para receber as regalias que ele oferece, por isso quando chegam no topo, fazem o mesmo que outra já fizeram; aparelham o Estado, compram apoio com cargos, colocam os "camaradas" em postos estratégicos e fazem o possível para se perpetuarem comandando. Para esses sangue-sugas da sociedade é muito cômodo, fazem o que querem com o dinheiro que pagamos compulsoriamente ( tente não pagar impostos, quer dizer, na maioria das vezes paga-se impostos sendo honesto ou não) e se forem pegos com a boca na botija, pedem demissão, a opinião publica os esquece, pois tem outros escândalos vindo a reboque, seus processos ficam parados nos tribunais superiores onde não há interesse em que esses sujeitos paguem pelos crimes que cometeram, e em breve eles estarão de volta a vida publica, sendo tratados pela imprensa e pela mídia em geral como "super stars". Sou um brasileiro médio, como a maioria da nossa população; estudei muito tempo em escola publica, terminei o ensino médio em uma escola particular. Quando quis ter uma graduação, tive que pagar, pois o ensino que tive na escola publica não me deu condições de pleitear uma vaga nas universidades publicas, que tem bom ensino e abrigam que pode pagar escola particular de qualidade. Quando comprei um carro, paguei uma infinidade de impostos que o fizeram ser um dos carros mais caros do mundo. Detalhe, todo ano pago IPVA, Seguro Obrigatório, e como moro em São Paulo, pago Inspeção Veicular Ambiental Obrigatória. Na gasolina tem uma taxa chamada CIDE, sua criação se deve a conservação de vias, porém, se pego uma rodovia, tenho que pagar pedágio, se por um descuido passar por um radar acima da velocidade terei multa, e olha que tem todo tipo de velocidade, de 10Km/h a 120km/h. Apesar de toda essa gama de impostos, taxas e contribuições, não me sinto seguro, então pago uma seguradora privada, em torno de 2.000,00 por ano. Bom, tudo que compro automaticamente é tributado, então muitos especialistas dizem que temos um sócio, o governo, mas não recebemos nossa parte nos lucros, entramos nessa sociedade sem querer, e o que recebemos em troca são apenas os prejuízos. Ah, já ia me esquecendo, apesar de ter um sócio riquíssimo, de pagar por tudo que uso ou compro, tenho que pagar plano de saúde se não quiser morrer de gripe ou diarreia na fila do SUS. Eu poderia ficar aqui falando sobre esse assunto por dias, meses anos, afinal, literatura sobre o assunto não falta, no entanto seria chover no molhado. Este post não tem nenhuma pretensão, como um brasileiro, cansado de ser enganado, roubado e tributado, ele se contenta com migalhas, nem reclamar ele consegue mais...

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Carta aberta ao DiDi (Renato Aragão)


Reproduzo aqui um email que recebi de uma amiga, pesquisei e descobri que a autora da carta é do Acre, tem um programa de rádio e tem blog, como achei interessante resolvi compartilhar aqui no meu Blog:
Didi
Carta aberta de Elaine Sinhasique a Renato Aragão, o Trapalhão Didi, da Rede Globo.

Querido Didi,
Há alguns meses você vem me escrevendo pedindo uma doação mensal para enfrentar alguns problemas que comprometem o presente e o futuro de muitas crianças brasileiras. Eu não respondi aos seus apelos (apesar de ter gostado do lápis e das etiquetas com meu nome para colar nas correspondências) ...........
Achei que as cartas não deveriam ser endereçadas a mim. Agora, novamente, você me escreve preocupado por eu não ter atendido às suas solicitações.
Diante de sua insistência, me senti na obrigação de parar tudo e escrever uma resposta.
Não foi por " algum motivo " que não fiz a doação em dinheiro solicitada por você. São vários os motivos que me levam a não participar de sua campanha altruísta (se eu quisesse poderia escrever umas dez páginas sobre esses motivos).
Você diz, em sua última carta, que enquanto eu a estivesse lendo, uma criança estaria perdendo a chance de se desenvolver e aprender pela falta de investimentos em sua formação !
Didi, não tente me fazer sentir culpada. Essa jogada publicitária eu conheço muito bem. Êsse tipo de texto apelativo pode funcionar com muitas pessoas mas, comigo não.
Eu não sou ministra da educação. Não ordeno e nem priorizo as despesas das escolas e nem posso obrigar o filho do vizinho a freqüentar as salas de aula.
A minha parte eu já venho fazendo desde os 11 anos de idade, quando comecei a trabalhar na roça para ajudar meus pais no sustento da família.
Trabalhei muito e, te garanto, TRABALHO NÃO MATA NINGUEM ! Muito pelo contrário, faz bem !
Estudei na escola da zona rural, fiz Supletivo, estudei à distância e muito antes de ser jornalista e publicitária eu já era uma micro- empresária. 
Didi, talvez você não tenha noção do quanto o GOVERNO FEDERAL tira do nosso suor para manter a saúde, a educação, a segurança e tudo o mais que o povo brasileiro precisa. 
Os impostos são muito altos ! Sem falar dos Impostos embutidos em cada alimento e em cada produto ou serviço que preciso comprar para o sustento e sobrevivência da minha família. 
Eu pago pela educação duas vezes : pago pela educação na escola pública, através dos impostos, e na escola particular, mensalmente, PORQUE SOMENTE A ESCOLA PÚBLICA NÃO ATENDE COM ENSINO DE QUALIDADE QUE, ACREDITO, MEUS DOIS FILHOS MERECEM !!!
Não acho louvável recorrer à sociedade para resolver um problema que nem deveria existir, pelo volume de dinheiro arrecadado em nome da educação e de tantos outros problemas sociais !
O que está acontecendo, meu caro Didi, é que os administradores dessa dinheirama toda não veêm a educação como prioridade !
PARA ÊLES, A EDUCAÇÃO LHES RETIRA A SUBSERVIÊNCIA E ÊSSE FATO, POR SI SÓ, NÃO INTERESSA AOS POLÍTICOS QUE ESTÃO NO PODER. POR ISSO, O DINHEIRO ESTÁ SAINDO PELO RALO; ESTÃO JOGANDO FORA , OU APLICANDO MUITO MAL !!!
Para você ter uma idéia, na minha cidade cada alimentação de um presidiário custa para os cofres públicos R$ 8,82 (oito reais e oitenta e dois centavos), enquanto que a merenda de uma criança na escola pública custa R$ 0,20 (vinte centavos) !!! O governo precisa rever suas prioridades, você não concorda ? Você pode ajudar a mudar isso ! Não acha ?
Você diz em sua carta que não dá para aceitar que um brasileiro se torne adulto sem compreender um texto simples ou conseguir fazer uma conta de matemática. Concordo com você !
É por isso que sua carta não deveria ser endereçada à minha pessoa. Deveria ser endereçada à Presidente da República !!!
Ela é "a cara" !!! Ela é quem tem a chave do cofre e a vontade política para aplicar os recursos !
Eu e mais milhares de pessoas só colocamos o dinheiro lá para que ela faça o que for correto e necessário para melhorar a qualidade de vida das pessoas do país, sem nenhum tipo de distinção ou discriminação. MAS, NÃO É O QUE ACONTECE !!!
No último parágrafo da sua carta, você joga, mais uma vez, a responsabilidade para cima de mim, dizendo que as crianças precisam da "minha doação" e que a "minha doação" faz toda a diferença...
Lamento discordar de você, Didi !!! Com o valor da doação mínima de R$ 15,00 (quinze reais) eu posso comprar 12 quilos de arroz para alimentar minha família por um mês, ou posso comprar pão para o café da manhã para 10 dias..... !!!
Didi, você pode até me chamar de muquirana, não me importo, mas, R$ 15,00 (quinze reais) eu não vou doar! Minha doação mensal já é muito grande. Se você não sabe, eu faço doações mensais de 27,5% de tudo o que ganho !!!
Isso significa que o governo leva mais de um terço de tudo que eu recebo e posso te garantir que essa grana, se ficasse comigo, seria muito melhor aplicada na qualidade de vida da minha família !
Você sabia que para pagar os impostos eu tenho que dizer NÃO para quase tudo que meus filhos querem ou precisam ? Meu filho de 12 anos quer praticar tênis e eu não posso pagar as aulas que são caras demais para nosso padrão de vida. Você acha isso justo ? Acredito que não. Você é um homem de bom-senso e saberá entender os meus motivos para não colaborar com sua campanha pela educação brasileira.
Outra coisa Didi, MANDE UMA CARTA PARA A PRESIDENTE "DILMA" pedindo para ela selecionar melhor os ministros e também os professores das escolas públicas ! Só escolher quem, de fato, tem vocação para ser ministro e para o ensino.
Melhorar os salários daqueles profissionais também funciona para que êles tomem gosto pela profissão e vistam, de fato, a camisa da educação ! Peça para ela, também, fazer escolas de horário integral, escolas em que as crianças possam, além de ler, escrever e fazer contas, possam desenvolver dons artísticos, esportivos e habilidades profissionais. Dinheiro para isso está sobrando sim ! Diga para ela priorizar a educação e utilizar melhor os recursos.
Bem, você assina suas cartas com o pomposo título de Embaixador Especial do Unicef para Crianças Brasileiras e eu vou me despedindo assinando... Eliane Sinhasique - Mantenedora Principal dos Dois Filhos que Pari !!!
P.S.: Não me mande outra carta pedindo dinheiro. Se você mandar, serei obrigada a ser mal-educada: vou rasgá-la antes de abrir.

O que você pode falar, afinal? - Superinteressante

"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra c... Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus." A fala é de um show de comédia stand-up de Rafinha Bastos. O Twitter foi inundado de mensagens com variações do tema proposto por Mayara Petruso - a estagiária de direito que recomendou o afogamento de nordestinos. Claro que nem Rafinha está defendendo o estupro nem os afogadores de imigrantes são necessariamente homicidas em potencial.

Boa parte dessa truculência é uma reação à onda politicamente correta das últimas décadas. A incorreção, nesse sentido, virou uma arma para defender a liberdade de expressão, que só existe quando você também é livre até para pensar o impensável e dizer o impronunciável.

Mas o que acontece quando o impensável agride o próximo gratuitamente? Para entender como chegamos a esse nó, vamos para a origem do termo "politicamente correto". Ele apareceu pela primeira
vez com um significado bem diferente do que usamos hoje: na China dos anos 30, para denotar a estrita conformidade com a linha ortodoxa do Partido Comunista, tal como enunciado por Mao Tsé-tung. Mas o significado com que a expressão chegou até nós é uma criação dos Estados Unidos dos anos 60.

Na época, universitários americanos abraçaram a defesa dos direitos civis, seja das mulheres, seja dos negros. Era uma época de transformações na sociedade: as empresas e universidades, antes habitadas
exclusivamente por homens brancos, agora viam chegar mulheres, negros, gays, imigrantes. Era preciso ensinar as pessoas a conviver com a diferença.

Nisso, negro virou african-american, ("afro-americano"), fag ("bicha") virou gay ("alegre"). O paradoxal aí é que, pela primeira vez na história americana, quem buscava estender os direitos civis também advogava por uma limitação na liberdade de expressão.

O passo seguintes viria com os anos 90. Mais especificamente com a derrocada do mundo comunista. O fim do socialismo mudou a agenda dos grupos de esquerda. Se antes a busca pela igualdade era a busca pela diminuição das diferenças entre as classes sociais, agora era pela eliminação das "classes pessoais". Tratava-se de não estigmatizar as pessoas por aquilo que elas eram - afinal, não faz sentido aumentar o peso do fardo que cada um tem de carregar na vida. Dessa maneira, não bastava combater só o sexismo e o racismo. E "obesidade" virou "sobrepeso"; "deficiência física" virou "necessidade especial"...

Só que o método, por mais bem-intencionado que seja, é inócuo. Quem explica por que é o francês Ferdinand Saussure, o pai da linguística, num texto de 1916: "De todas as instituições sociais, a linguagem é a que oferece menor margem a iniciativas". Ela é utilizada por todos os membros de uma comunidade, que, por esta ser naturalmente inerte, acaba por conservar a linguagem. Qualquer interferência tende a ser rechaçada.

É aí que o debate começa, Politicamente corretos ficam do lado do conselho que a sua mãe dava: seu direito termina onde começa o do outro. Se o próximo se sente ofendido, você não pode falar. Ponto.

Parece um argumento inatacável. Mas tem um problema aí: quem é o juiz para decidir o que é certo e o que é errado, o que ofende e o que não ofende? Onde fica a liberdade de pensamento, de expressão? A ideia de que o direito de um termina onde começa o do outro vale aqui também: pode alguém retirar o direito do outro de dizer o que pensa?

Talvez por isso a transformação ideológica de palavras seja tão utilizada por governos: é uma ótima forma de revogar o direito de pensar. Tanto regimes autoritários - como o apartheid sul-africano, em que a palavra "miscigenação" virou "imoralidade" - quanto democráticos - como o dos EUA, que usou o termo
"guerra preventiva" para o ataque unilateral ao Iraque - usaram do expediente. No mundo do politicamente correto isso é o equivalente a chamar de "melhor idade" a época da vida em que vemos
multiplicar o valor do plano de saúde.

De boa intenção, o politicamente correto passa a ser visto como hipocrisia. E de hipócrita a algo fundamentalmente errado. Como lidar com o excesso de correção política, então? Não temos a pretensão de dar uma resposta definitiva. Mas sair xingando os outros de gordo, aleijado, retardado e baranga estuprada é que não vai ser. Se fosse engraçado, talvez até funcionasse.Mas não. Não é .
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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

"Simples Vida"

joaninha

Enquanto escrevo este texto, ouço um saxofonista executando aquela música Tocando em frente, do Almir Sater, acho que é isso. Ele sempre toca pela manhã aqui na rua em troca de algumas moedas, é maravilhoso ouvir esta música maravilhosa, tocada despretenciosamente e de graça. Ultimamente tenho dado uma atenção enorme a essas coisas, acho que São elas que fazem a vida ser um milagre. Gosto de ler Câmara Cascudo pela maneira como ele descreve o Folclore Brasileiro, cheio de beleza, cheio de imaginação. A miscigenação de raças proporcionou ao nosso pais um mosaico cultural impressionante. Quando leio os textos de Nina Horta, fico maravilhado com a simplicidade e sutileza com que ela escreve sobre a arte de fazer pratos, os cheiros, texturas e sabores. Afinal, tem coisa mais gostosa do que comer? As sensações podem nos levar a estágios "orgásmicos." Outro dia em um de seus textos, ela dizia que sua empregada não dava cuscuz aos filhos, porque esse prato lembrava os sofrimentos vividos por ela na infância. Quer dizer, a pobre mulher tinha aquele "recalque" que muitos de nós carregamos arraigados em nosso ser, de achar que as coisas simples, são coisas de pobre. Outro dia minha namorada me disse: vamos a Campos do Jordão num desses finais de semana? Fiquei pensando um pouco em silencio, depois de alguns instantes, disse para ela: podemos ate ir, mas não estou muito empolgado. Tudo que acontece em Campos do Jordão acontece aqui em São Paulo, com a diferença de que lá tudo fica muito caro. E sinceramente, ficar passando frio, vendo gente de nariz empinado com suas "naves" e ainda pagar o triplo por um chocolate quente não faz muito minha cabeça. Acabamos indo a Paranapiacaba, o festival de Inverno de lá ainda esta engatinhando, as atracões são poucas e estão um pouco mal cuidadas. Como o "mercado" ainda não dominou o evento, os preços estão justos, claro que as opções são poucas e nem se compara a sua colega da Serra da Mantiqueira, ah, ia me esquecendo de dizer que a Vila de Paranapiacaba fica na Serra do Mar. Como diria aquela música, a vida simples é boa. Há um tempo atrás um jornal dos EUA fez uma experiência interessantíssima, "

Em experimento descrito num artigo publicado no jornal "The Washington Post" convidou Joshua Bell, um dos melhores violinistas do mundo, para tocar no metrô da cidade, com o intuito de constatar a reação do povo à música do instrumentista.


Bell tocou em estação de metrô de Washington
Às 7h51 (horário local), na estação L'Enfant Plaza, centro da capital federal, o artista e ex-menino prodígio começou seu recital de seis melodias de diversos compositores clássicos diante de dezenas de pessoas que só pensavam em chegar a tempo ao trabalho. A ideia do jornal era descobrir se a beleza seria capaz de chamar a atenção num contexto banal e num momento inadequado.

Bell, vestido de calça jeans, camisa de manga comprida e boné, tocou seu Stradivarius de 1713, avaliado em US$ 3,5 milhões, para 1.097 pessoas que passaram a poucos metros de distância durante sua apresentação.

Ao longo dos 43 minutos em que tocou, o violinista nascido em Indiana arrecadou US$ 32,17 --posteriormente doados para instituições beneficentes--, valor bem abaixo dos US$ 100 que os amantes de sua música pagaram três dias antes por assentos razoáveis (não os melhores) no Boston Symphony Hall, que na ocasião teve lotação esgotada.

Na estação L'Enfant Plaza, fora dos grandes palcos e tendo como única companhia seu violino, Bell só foi reconhecido por uma pessoa, e poucas pararam para ouvi-lo por alguns instantes." Quer dizer, as pessoas estão pagando não pelo que as coisas valem, pagam pelo glamour que a situação, fato ou circunstância esta acontecendo. Precisamos parar um pouco a correria cotidiana, e vivermos de maneira que possamos dar o devido valor as coisas, estamos volorizando o que nos dizem que tem valor, não deveria ser assim...

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

"Bom Viver Para Todo Mundo"

Análise
Para os povos tradicionais, não é um ideal irrealizável e sim uma utopia possível que temos de construir

 

02/08/2011

 

Marcelo Barros

 

Em julho, os povos indígenas da Ameríndia recordam a figura de Bartolomeu de las Casas, o primeiro bispo católico que ainda nos primeiros tempos da colonização assumiu o papel de defensor dos índios contra os conquistadores. Este primeiro bispo de Chiapas, no sul do México, faleceu no dia 17 de julho de 1586. Nos Andes, um encontro de povos indígenas propõe ao mundo que, para salvar o planeta Terra, a humanidade deveria aprender o Bom Viver como regra ética e critério de organização das sociedades. É o Suma Kwasay dos quétchuas, ou o Suma Kamana dos aymara. O povo Guarani o chama Lekil Kuxlejal, sinônimo de “vida boa”. Signifi ca o que hoje denominamos de “qualidade de vida” e o Evangelho chama de “Vida em plenitude” (Jo 10, 10).

O mundo capitalista sempre prometeu às pessoas a possibilidade de se viver melhor e fala em otimização da produção e do trabalho. Os povos tradicionais não querem apenas isso. Almejam transformar profundamente o modo de viver. Priorizam a sacralidade da vida humana e de todos os seres vivos. Compreendem isso como compromisso de viver de modo sadio, feliz e harmonioso consigo mesmo, com os outros humanos e com todos os seres vivos. Para os povos tradicionais, não é um ideal irrealizável e sim uma utopia possível que temos de construir.

Antigamente, nas comunidades andinas, o bom viver era um método de vida e espiritualidade social. Com a invasão da cultura individualista e do consumo, para que alcancemos novamente este ideal, precisamos nos apoiar em um conjunto de princípios, critérios e iniciativas como alternativas ao tipo de desenvolvimento que privilegia o econômico, sem levar em conta a dimensão humana, social e ecológica. A Bolívia e o Equador inscreveram o bom viver nas suas constituições, como objetivo do Estado. Nestes países, inúmeras conferências e congressos procuram aprofundar um conhecimento cultural das diversas tradições indígenas. Garantindo, assim, uma conduta ética e espiritual que fundamente uma sociedade dirigida à realização de cada pessoa na comunidade e, a partir do cuidado social, garanta o equilíbrio nas relações entre as pessoas, povos, assim como com a Mãe Terra e toda a natureza.

Na sociedade capitalista, o desenvolvimento dos países era calculado pelo Produto Interno Bruto (PIB). Na década de 1990, o economista indiano Amartya Sem propôs como critério o “Índice de Desenvolvimento Humano”. Isso signifi ca levar em conta não só o aspecto econômico, mas a saúde, educação e liberdade social de cada povo. Já em 1970, no Bustão, país pouco conhecido da Ásia, o príncipe Jigme Singye Wangchuck propôs como critério de classifi cação, não a produção econômica e o desenvolvimento social, mas o “Índice de Felicidade Interna”, qualidade de vida digna, baseada nos princípios espirituais do Budismo. A questão é como avaliar o grau de felicidade de uma comunidade e das pessoas na sociedade. Uma ONG inglesa (Friends of the Earth) publicou uma série de itens para medir o grau de felicidade coletiva. Alguns destes elementos são: saúde, estabilidade social, possibilidade de vida familiar, condições saudáveis de trabalho, liberdade e lazer. No começo deste século, esta ONG elaborou uma pesquisa na qual segmentos da população de vários países responderam a um questionário. Além disso, estas famílias foram visitadas por voluntários que também se pronunciaram sobre as condições de vida nestes países. Os povos que se destacaram pelo índice de felicidade foram pequenos países como Costa Rica, estado desmilitarizado e relativamente pobre, a Colômbia depois da pacifi cação de sua guerra civil, e mesmo Cuba, vítima do bloqueio estadunidense. O povo brasileiro foi considerado dos mais felizes, apesar de tantos problemas sociais e políticos que enfrentamos. Nenhum país rico do G8 aparece na lista dos mais felizes. Os Estados Unidos ocupam o posto 150, igual ao Zimbabue, país africano pobre e ainda imerso em confl itos raciais.

Apesar de que existem grupos religiosos capitalistas que fazem do lucro e da prosperidade econômica um sinal de bênção divina, as grandes tradições espirituais sempre chamaram as pessoas a valorizar mais o ser do que o ter.

 

Marcelo Barros é monge beneditino, escritor e teólogo brasileiro.

 

Texto originalmente publicado na edição 438 do Brasil de Fato.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Desespero ou desfaçatez senil

Análise
Está tudo morto e enterrado agora, ou será que nós também iremos “celebrar o horror de tudo isso – com festa, velório e caixão”?

02/08/2011



Luiz Ricardo Leitão



Esta crônica deveria ser dedicada às últimas façanhas dos hermanos uruguaios no espetacular planeta bola (grandes vencedores da Copa América 2011 e vice-campeões do Mundial Sub17 no México, sem esquecer o 2º lugar do Peñarol na Taça Libertadores). Além dos títulos, há motivos de sobra para admirar o trabalho do técnico Oscar Tabárez e de seus pupilos, desde os talentosos Forlan e Suárez, até o singularíssimo Loco Abreu (raro dublê de jornalista e boleiro), não apenas dentro das quatro linhas, mas também fora de campo, onde o maestro promove uma autêntica revolução na formação dos futuros craques da Celeste olímpica. Por essas e outras, o astral de nossos vizinhos tem sido sempre o oposto do que vemos por cá, nesta distraída Bruzundanga, cada vez mais subtraída nas tenebrosas transações que os cartolas tupiniquins empreendem em nome do glorioso esporte bretão (e basta a farra da Copa 2014 para ilustrar o que lhes digo). Se o leitor quiser conferir, assista ao simpático videoclipe que os uruguaios gravaram com os músicos de seu país, cantando “A grito de gol, Uruguay va a la cancha...”

Bem, esse seria, decerto, meu mote privilegiado aqui na coluna, mas refiz meus planos depois de ouvir pelo rádio uma notícia segundo a qual um bando de cinco velhinhos teria assaltado uma agência fluminense dos Correios, mantendo um funcionário sob a mira de uma arma e escapando a pé com boa soma de dinheiro sem ser molestado por ninguém. Como não li nada a respeito na mídia impressa ou virtual, até me indaguei se teria sido alucinação do escriba. Contudo, seja delírio ou realidade, o mais inquietante é que o episódio nada possui de inverossímil por estas plagas. Em realidade, o ingresso da terceira idade no chamado “mundo da criminalidade” já se deu há muito tempo, assim como a progressiva participação de mulheres nas quadrilhas de larápios de todas as espécies, desde aquelas especializadas em fraudar a Previdência Social até as mais violentas, envolvidas com tráfico de drogas, sequestros, etc.

A julgar pelo relato tragicômico do agente ameaçado pelo bando, os assaltantes já estariam de fato em idade mais avançada, pois um deles teria até reclamado do pesado saco que lhe coube carregar com o fruto da ‘operação’, sendo orientado por um comparsa a levá-lo nas costas. Uma pergunta remoeu-me a cabeça desde o primeiro instante: afinal, seriam esses “velhinhos” meros aposentados fartos de tanto esperar por sua merreca mensal na fi la dos bancos ou tão somente o canto de cisne de larápios envelhecidos, que, protegidos pela eventual imunidade de seu estágio senil (as penas da Dona Justa são bem mais leves e condescendentes após os 70 anos), continuam sem nenhum pudor em seu ofício?

Desespero ou desfaçatez, qualquer das hipóteses nos adverte de forma contundente sobre o tosco modelo de sociedade que teimamos em cultivar. Nesta era biocibernética do mundo globalizado, em que a produção pouco vale e a especulação é o motor do capitalismo financeiro transnacional, como o mundo do trabalho lograria impor-se à vertigem sedutora do lucro imediato, para muitos a única fórmula capaz de manter o padrão hipertrofi ado de consumo que se difunde acima e abaixo da linha do Equador? Lembro-me do menestrel Renato Russo celebrando, com terrível sarcasmo, “a aberração de toda a nossa falta de bom senso, nosso descaso por educação” e exortando-nos a “festejar a violência e esquecer a nossa gente que trabalhou honestamente a vida inteira” – e pergunto-me se “também podemos celebrar a estupidez de quem cantou esta canção” (Perfeição, 1993). Lá se foram quase duas décadas: está tudo morto e enterrado agora, ou será que nós também iremos “celebrar o horror de tudo isso – com festa, velório e caixão”?



Luiz Ricardo Leitão é escritor e professor adjunto da UERJ. Doutor em Estudos Literários pela Universidade de La Habana, é autor de Noel Rosa – Poeta da Vila, Cronista do Brasil e de Lima Barreto – o rebelde imprescindível.



Texto originalmente publicado na edição 439 do Brasil de Fato.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Copa do Mundo e Olimpíada: investimento público, lucro privado « CartaCapital

Veja a íntegra da entrevista do geógrafo norte-americano Christopher Gaffney, especialista no legado urbano de grandes eventos esportivos, publicado na edição desta semana de CartaCapital (veja online aqui).

Nesta conversa,Gaffney critica a organização da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 pelas entidades brasileiras responsáveis. “O planejamento urbano está sendo dirigido pelos grandes eventos e não usando os grandes eventos para melhorar as cidades. É uma oportunidade única de usar um investimento federal imenso mas que está sendo mal pensado e mal usado”, afirma. Copa do Mundo e Olimpíada: investimento público, lucro privado « CartaCapital