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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Destrua o Desejo Pela Vida

Osho
Destrua o desejo pela vida. As leis da vida são muito paradoxais. Se você desejar a vida, a perderá. Esse é o caminho mais seguro para perdê-la. Se você desejar a vida, a perderá; mas se você não a desejar, vida abundante acontecerá a você.
Através do desejo você se move contra a vida. Parece paradoxal, e é. Essa lei paradoxal precisa ser profundamente entendida.
Por que é que quando você deseja a vida, você a perde? Por quê? Não deveria ser assim. Logicamente, matematicamente, não deveria ser assim. Se alguém deseja a vida, por que a perderia? O mecanismo é tal que, ao desejar, você se moveu novamente para o futuro. E a vida está aqui! A vida já existe – como você pode desejá-la? Apenas aquilo que não existe pode ser desejado. Mas a vida é. Como você pode desejá-la? Ela já é; já está acontecendo. Você é vida.
Se você desejar a vida, a perderá. Através do desejo, você se distancia da vida. Todo desejo a leva cada vez mais longe. Por isso há tanta insistência na ausência de desejo. Isso não significa que Buda ou todos aqueles que falam sobre a ausência de desejo estejam contra a vida. Ao contrário, eles são, de fato, a favor da vida. Mas dizem: “Não deseje” – e isso nos soa como se eles fossem contra a vida, como se fossem negadores da vida. Eles não o são.
Através do desejo, estamos perdendo a vida. É por isso que Buda diz: “Não deseje.” Que acontece se você não deseja? A vida acontece a você. Ela já está acontecendo, mas você não pode olhar para ela porque seus olhos estão fixados no futuro. Você está em outro lugar; sua mente não está aqui. A vida está aqui e você não está aqui; portanto, o encontro torna-se impossível. Então, você ansiará pela vida, a desejará, mas continuará a perdê-la.
Permita que a vida aconteça a você. Como isso pode ser feito? Estando atento ao que se passa aqui. Não tendo desejos de estar em outro lugar.
No momento em que você começa a desejar a vida, torna-se temeroso da morte. Isso é inevitável, porque o desejo pela vida cria o medo da morte. Não existe nenhuma morte. Na verdade, nada morre; nada pode morrer. É impossível. A morte nunca acontece; a morte não existe. Então por que sentimos tanto a morte e a tememos tanto? Por que tememos algo que não existe?
Tememos a morte devido ao nosso desejo pela vida. O desejo pela vida cria um medo pelo oposto: o medo da morte. Não conhecemos a vida, mas a desejamos. Então surge o medo de que a vida seja destruída.
Vemos a morte acontecendo... alguém morre. Você já reparou no fato de que é sempre outra pessoa que morre, nunca você? É sempre outra pessoa. Você vê a morte do lado de fora; nunca a vê do lado de dentro. Você vê alguém morrendo, mas não sabe o que está acontecendo no fundo do seu ser. Sabe apenas o que está acontecendo na periferia. A periferia está morta; não está mais viva, a pessoa não pode mais respirar. Mas o que aconteceu no âmago da pessoa, no próprio ser, no centro? Você não sabe.
Ninguém testemunhou a morte. E isso não é possível, pois há apenas um modo de testemunhá-la: você precisa se mover até o íntimo de seu ser, e aí testemunhá-la. Mas aí a morte nunca acontece. É por isso que um Buda, um Krishna, riem da morte.
Krishna diz a Arjuna no Gitã: “Não receie. Não pense que alguém morrerá.” Ninguém morre; você não pode matar ninguém. É impossível. Neste mundo, nada pode ser destruído, nem mesmo um microorganismo pode ser destruído. A destruição não é possível. Só a mudança é possível.
A vida continua a se mover. Uma onda morre (parece morrer) e então uma outra se levanta. Só as formas desaparecem e novas formas aparecem, mas nada morre e nada nasce.
Se nada morre, então nada nasce, pois a morte só é possível se algo nasce. Nascimento e morte são duas ilusões. Você existiu antes do seu nascimento - de outro modo o nascimento não teria sido possível - e você existirá após a sua morte - caso contrário, não lhe seria possível estar aqui e agora. Mas o desejo de se apegar à vida cria o medo da morte.
Se você parar de desejar a vida, o medo da morte desaparecerá imediatamente. E quando o medo da morte desaparece, você pode saber o que é a vida. Uma mente trêmula, com medo e angústia, não pode saber. O saber requer uma consciência calma e destemida.
O desejo pela vida significa medo da morte. O sutra diz: Destrua o desejo pela vida, para que o medo da morte desapareça. E quando não houver morte, nem nenhum apego à vida, você saberá o que é a vida, pois ela está acontecendo a você. Você é a vida! A vida não é algo extrínseco; é algo intrínseco. Já está acontecendo. Você está respirando nela. Você é exatamente como um peixe no oceano da vida, mas não está consciente disso porque sua atenção está obcecada pelo futuro. Desejo significa obsessão pelo futuro. Não-desejo significa viver aqui e agora.

terça-feira, 28 de julho de 2015

Saudades é o Amor que Fica

Médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos
de atuação profissional, com toda vivencia e experiência
que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que
cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos
meus pacientes.
Dizem que a dor é quem ensina a gemer.
Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que,
pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes
de ir muito mais além.
Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima,
e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram
para nos confortar.
No início da minha vida profissional, senti-me atraído
em tratar crianças, me entusiasmei com a oncologia infantil.
Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por crianças.
Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas maneiras simples
e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.
Nós, médicos, somos treinados para nos sentirmos "deuses".
Só que não o somos! Não acho o sentimento de onipotência
de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos impulsiona,
que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte e
a tentar ir sempre mais além.
Se mal dosado, porém, este sentimento será de arrogância e
prepotência, o que não é bom.
Quando perdemos um paciente, voltamos à planície,
experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe
e entendemos que não somos deuses.
Somos forçados a reconhecer nossos limites!
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco,
onde dei meus primeiros passos como profissional.
Nesse hospital, comecei a freqüentar a enfermaria infantil,
e a me apaixonar pela oncopediatria.
Mas também comecei a vivenciar os dramas dos meus pacientes,
particularmente os das crianças, que via como vítimas inocentes
desta terrível doença que é o câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar
ao ver o sofrimento destas crianças.
Até o dia em que um anjo passou por mim.
Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos,
calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos.
Hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos
trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.
Mas, nunca vi meu anjo fraquejar.
Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro.
Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano!
Mas via confiança e determinação.
Ela entregava o bracinho à enfermeira, e
com uma lágrima nos olhos dizia:
- Faça tia, é preciso para eu ficar boa.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo
sozinho no quarto. Perguntei pela mãe.
E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar
sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:-
-Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar
escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar
com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio.
Eu não nasci para esta vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem
seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:
- E o que a morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama
dos nossos pais, e, no outro dia acordamos no nosso quarto,
em nossa própria cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam
dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?- perguntei.
-Vou explicar o que acontece, continuou ela:
Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto,
para nossa cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida!
Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar.
Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado". Boquiaberto, não sabia o que dizer.
Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que
o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança,
fiquei parado, sem ação.
- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço,
perguntei ao meu anjo:
- E o que a saudade significa para você, minha querida?
- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer um dar uma definição
melhor, mais direta e mais simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim...
Foi enviado para me dizer que existe muito mais entre o céu e a terra,
do que nos permitimos enxergar. Que geralmente, absolutilizamos tudo
que é relativo (carros novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto
relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos.
Mas deixou uma grande lição, vindo de alguém que jamais pensei,
por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci.
Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser
mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela
a quem chamo "meu anjo", que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve, pelas lições
que ensinastes, pela ajuda que me destes.
Que bom que existe saudades!
O amor que ficou é eterno!!!
(Rogério Brandão - Médico Oncologista clínico RC
Recife Boa Vista D4500 Cremepe 5758)

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A importância do toque

img Massagem Tântrica


A impessoalidade da vida no mundo ocidental chegou a tal ponto que, enfim, produzimos uma raça de intocáveis. Tornamo-nos estranhos uns aos outros, não só evitando todas as formas de contato físico "desnecessário", como ainda precavendo-nos contra as mesmas; figuras anônimas num cenário atulhado, pessoas sem rosto, solitárias e temerosas da intimidade. Estamos todos diminuídos na mesma extensão em que isto nos acontece. Devido ao fato de sermos intocáveis, não conseguimos criar uma sociedade em que as pessoas se toquem em mais sentidos do que no físico. Diante de seres inautênticos como nós, vestidos com a imagem do que deveríamos ser segundo os outros, não surpreende que continuemos inseguros quanto a quem somos de fato. Usamos a identidade ilegítima que nos foi imposta com o mesmo desconforto de uma vestimenta que não nos serve: pesarosos por vezes, e questionando em nossa ignorância como foi que chegamos a esse ponto.

Para se comunicar, o mundo ocidental terminou por apoiar-se maciçamente nos "sentidos de distância", visão e audição; quanto aos "sentidos de proximidade", paladar, olfação e tato, em grande parte proscreveu o último. Dois cães podem usar um com o outro todos os cinco sentidos em sua comunicação, mas dificilmente se poderia dizer o mesmo de dois seres humanos em nossa cultura. Em razão de nossa progressiva sofisticação e falta de envolvimento recíproco, passamos a utilizar exageradamente a comunicação verbal, chegando inclusive a virtualmente excluir de nossa experiência o universo da comunicação não-verbal, para nosso acentuado empobrecimento. A linguagem dos sentidos, na qual podemos ser todos socializados, é capaz de ampliar nossa valorização do outro e do mundo em que vivemos, e de aprofundar nossa compreensão em relação a eles. Tocar é a principal dessas outras linguagens. As comunicações que transmitimos por meio do toque constituem o mais poderoso meio de criar relacionamentos humanos, como fundamento da experiência.

Ashley Montagu

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Quem Te Faz Feliz?

Felicidade
Durante um seminário para casais, perguntaram a uma das esposas:

"Seu marido lhe faz feliz? Ele lhe faz feliz de verdade?"

Neste momento, o marido levantou o pescoço demonstrando total segurança. Ele sabia que sua esposa diria que sim, pois ela jamais havia reclamado de algo durante o casamento.

Todavia, sua esposa respondeu à pergunta com um sonoro NÃO, daqueles bem redondos.

"Não, o meu marido não me faz feliz! Meu marido nunca me fez feliz e não me faz feliz! Eu sou feliz!" E continuou:

"O fato de eu ser feliz ou não, não depende dele, e sim de mim. Eu sou a única pessoa da qual depende a minha felicidade. Eu determino ser feliz em cada situação e em cada momento da minha vida, pois se a minha felicidade dependesse de alguma pessoa, coisa ou circunstância sobre a face da Terra, eu estaria com sérios problemas.

Tudo que existe nesta vida muda constantemente. Eu decido ser feliz! Eu sou feliz por mim mesma!

As coisas, pessoas, momentos ou situações, eu chamo de "experiências que podem ou não me proporcionar momentos de alegria e tristeza". Aprendo com as experiências passageiras e vivo as que são eternas como amar, perdoar, ajudar, compreender, aceitar, consolar.

Amo a vida que tenho, mas não porque a minha vida é mais fácil do que a dos outros. É porque eu decidi ser feliz como indivíduo e me responsabilizo por minha felicidade. Quando eu tiro essa obrigação do meu marido e de qualquer outra pessoa, deixo-os livres do peso de me carregar nos ombros. A vida de todos fica muito mais leve. E é dessa forma que consegui um casamento bem sucedido ao longo de tantos anos.

NUNCA DEIXE NAS MÃOS DE NINGUÉM UMA RESPONSABILIDADE TÃO GRANDE QUANTO A DE ASSUMIR E PROMOVER A SUA FELICIDADE!

Seja feliz mesmo que faça calor, que esteja doente, que não tenha dinheiro, que alguém não lhe ame ou não lhe de o devido valor.

Peça apenas ao Universo/Deus/Espírito Maior que lhe de serenidade para aceitar as coisas que você não pode mudar, coragem para modificar as que podem ser mudadas e sabedoria para conseguir reconhecer a diferença entre elas".

Autor desconhecido.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Virtude, Plenitude e Abundância.

"O futuro será melhor que o presente que está  sendo melhor que o passado." (Cora Coralina).

Apesar de tudo que se diga em contrário a esta afirmação, digo sem medo de estar errado, que vivemos o melhor momento da história da humanidade e a tendência é que o futuro seja ainda melhor.
Para provar que estou dizendo uma verdade cientificamente comprovada, basta voltar um pouco na linha do tempo da nossa história conhecida.
Há pouco mais de cinco mil anos atrás as pessoas viviam em cavernas ou casas construídas precariamente, precisavam caçar para se alimentar, não dominavam a tecnologia do plantio de alimentos e por mais que o cara fosse rico, não contava com o conforto que uma pessoa de classe média  tem hoje.
O acesso a saúde nunca foi tão bom e a espectativa de vida aumenta a cada ano.
O número de nascidos que atingem a idade adulta aumentou numa velocidade nunca vista nos últimos trinta anos.
Os pais se preocupam em dar uma vida melhor a seus filhos, ninguém mais pensa em ter filhos para ajudar na manutenção da casa, hoje as pessoas pensam em dar condições para que seus filhos prosperem.
O acesso a educação nunca foi tão democrático, pessoas que a pouco tempo atrás estudavam no máximo até o ensino fundamental, estão fazendo pós-graduação, mestrado e doutorado.
O acesso a moradia digna também avança a olhos nus, apesar de ainda termos preços um tanto exorbitantes, em breve esses valores se acomodarão e tidos terão oportunidade de terem uma residência no sentido literal da palavra, com direito a toda comodidade que o desenvolvimento tecnológico proporciona.
Os alimentos tem sido produzidos em larga escala e se for necessário mais será produzido, pois a tecnologia e a biotecnologia pode aumentar em muito a produção destes itens.
Muito em breve todas as pessoas da Terra terão fartura em suas mesas e poderão sonhar com coisas mais elevadas.
Assim que todas as necessidades básicas de todos os seres humanos estiverem supridas, e isso acontecerá muito em breve, as pessoas poderão dedicar-se mais as artes, a cultura e a espiritualidade, tornando-se assim, seres-humanos melhores e com maiores virtudes.
A muitas forças tentando mostrar o contrário, mas não devemos dar atenção a elas. Voltemo-nos para o sublime, para a virtude e para a plenitude, só assim veremos a abundância que existe no Universo. Existe riquezas para todos, o Criador não terminou sua obra, se for necessário muito mais coisas serão criadas.
A vida está cada dia melhor, o mundo caminha para Deus.

Luciano Nunes Assunção.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

12 Afirmações da lei da atração que podem mudar sua vida

Lei da Atração


1. Eu estou recebendo agora abundância de formas esperadas e inesperadas.


2. Estou cada vez mais confiante na minha capacidade de criar a vida que desejo.


3. Estou agindo a partir da inspiração e de ideias e eu confio na minha orientação interior.


4. Eu estou dando e recebendo tudo que é bom e tudo o que eu desejo.


5. Estou recebendo abundância infinita, inesgotável e imediata.


6. Estou criando a minha vida de acordo com as minhas convicções dominantes, e estou melhorando a qualidade dessas crenças.


7. Estou constantemente esforçando-me para elevar a minha vibração através de bons pensamentos, palavras e ações.


8. Estou fazendo uma contribuição significativa para o mundo e eu sou maravilhosamente compensado pela minha contribuição.


9. Estou disposto a acreditar que eu sou o criador da minha experiência de vida.


10. Estou disposto a acreditar que, ao elevar a minha vibração, vou atrair mais do que eu desejo.


11. Estou disposto a acreditar que, ao focar em se sentir bem, eu farei melhores escolhas que levam a resultados desejados.


12. Eu sou digno de amor, abundância, sucesso, felicidade e realização.


Tenha confiança que tudo coopera para o bem daqueles que desejam o Bem para si e para os outros.


O Universo está ao meu favor, Deus está comigo.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Tabacaria

Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.
Janelas do meu quarto,
Do meu quarto de um dos milhões do mundo que ninguém sabe quem é
(E se soubessem quem é, o que saberiam?),
Dais para o mistério de uma rua cruzada constantemente por gente,
Para uma rua inacessível a todos os pensamentos,
Real, impossivelmente real, certa, desconhecidamente certa,
Com o mistério das coisas por baixo das pedras e dos seres,
Com a morte a por umidade nas paredes e cabelos brancos nos homens,
Com o Destino a conduzir a carroça de tudo pela estrada de nada.
Estou hoje vencido, como se soubesse a verdade.
Estou hoje lúcido, como se estivesse para morrer,
E não tivesse mais irmandade com as coisas
Senão uma despedida, tornando-se esta casa e este lado da rua
A fileira de carruagens de um comboio, e uma partida apitada
De dentro da minha cabeça,
E uma sacudidela dos meus nervos e um ranger de ossos na ida.
Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu.
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo
À Tabacaria do outro lado da rua, como coisa real por fora,
E à sensação de que tudo é sonho, como coisa real por dentro.
Falhei em tudo.
Como não fiz propósito nenhum, talvez tudo fosse nada.
A aprendizagem que me deram,
Desci dela pela janela das traseiras da casa.
Fui até ao campo com grandes propósitos.
Mas lá encontrei só ervas e árvores,
E quando havia gente era igual à outra.
Saio da janela, sento-me numa cadeira. Em que hei de pensar?
Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou?
Ser o que penso? Mas penso tanta coisa!
E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos!
Gênio? Neste momento
Cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu,
E a história não marcará, quem sabe?, nem um,
Nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras.
Não, não creio em mim.
Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas!
Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo?
Não, nem em mim...
Em quantas mansardas e não-mansardas do mundo
Não estão nesta hora gênios-para-si-mesmos sonhando?
Quantas aspirações altas e nobres e lúcidas -
Sim, verdadeiramente altas e nobres e lúcidas -,
E quem sabe se realizáveis,
Nunca verão a luz do sol real nem acharão ouvidos de gente?
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
Tenho sonhado mais que o que Napoleão fez.
Tenho apertado ao peito hipotético mais humanidades do que Cristo,
Tenho feito filosofias em segredo que nenhum Kant escreveu.
Mas sou, e talvez serei sempre, o da mansarda,
Ainda que não more nela;
Serei sempre o que não nasceu para isso;
Serei sempre só o que tinha qualidades;
Serei sempre o que esperou que lhe abrissem a porta ao pé de uma parede sem porta,
E cantou a cantiga do Infinito numa capoeira,
E ouviu a voz de Deus num poço tapado.
Crer em mim? Não, nem em nada.
Derrame-me a Natureza sobre a cabeça ardente
O seu sol, a sua chava, o vento que me acha o cabelo,
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Escravos cardíacos das estrelas,
Conquistamos todo o mundo antes de nos levantar da cama;
Mas acordamos e ele é opaco,
Levantamo-nos e ele é alheio,
Saímos de casa e ele é a terra inteira,
Mais o sistema solar e a Via Láctea e o Indefinido.
(Come chocolates, pequena;
Come chocolates!
Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.
Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.
Come, pequena suja, come!
Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!
Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folha de estanho,
Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)
Mas ao menos fica da amargura do que nunca serei
A caligrafia rápida destes versos,
Pórtico partido para o Impossível.
Mas ao menos consagro a mim mesmo um desprezo sem lágrimas,
Nobre ao menos no gesto largo com que atiro
A roupa suja que sou, em rol, pra o decurso das coisas,
E fico em casa sem camisa.
(Tu que consolas, que não existes e por isso consolas,
Ou deusa grega, concebida como estátua que fosse viva,
Ou patrícia romana, impossivelmente nobre e nefasta,
Ou princesa de trovadores, gentilíssima e colorida,
Ou marquesa do século dezoito, decotada e longínqua,
Ou cocote célebre do tempo dos nossos pais,
Ou não sei quê moderno - não concebo bem o quê -
Tudo isso, seja o que for, que sejas, se pode inspirar que inspire!
Meu coração é um balde despejado.
Como os que invocam espíritos invocam espíritos invoco
A mim mesmo e não encontro nada.
Chego à janela e vejo a rua com uma nitidez absoluta.
Vejo as lojas, vejo os passeios, vejo os carros que passam,
Vejo os entes vivos vestidos que se cruzam,
Vejo os cães que também existem,
E tudo isto me pesa como uma condenação ao degredo,
E tudo isto é estrangeiro, como tudo.)
Vivi, estudei, amei e até cri,
E hoje não há mendigo que eu não inveje só por não ser eu.
Olho a cada um os andrajos e as chagas e a mentira,
E penso: talvez nunca vivesses nem estudasses nem amasses nem cresses
(Porque é possível fazer a realidade de tudo isso sem fazer nada disso);
Talvez tenhas existido apenas, como um lagarto a quem cortam o rabo
E que é rabo para aquém do lagarto remexidamente
Fiz de mim o que não soube
E o que podia fazer de mim não o fiz.
O dominó que vesti era errado.
Conheceram-me logo por quem não era e não desmenti, e perdi-me.
Quando quis tirar a máscara,
Estava pegada à cara.
Quando a tirei e me vi ao espelho,
Já tinha envelhecido.
Estava bêbado, já não sabia vestir o dominó que não tinha tirado.
Deitei fora a máscara e dormi no vestiário
Como um cão tolerado pela gerência
Por ser inofensivo
E vou escrever esta história para provar que sou sublime.
Essência musical dos meus versos inúteis,
Quem me dera encontrar-me como coisa que eu fizesse,
E não ficasse sempre defronte da Tabacaria de defronte,
Calcando aos pés a consciência de estar existindo,
Como um tapete em que um bêbado tropeça
Ou um capacho que os ciganos roubaram e não valia nada.
Mas o Dono da Tabacaria chegou à porta e ficou à porta.
Olho-o com o desconforto da cabeça mal voltada
E com o desconforto da alma mal-entendendo.
Ele morrerá e eu morrerei.
Ele deixará a tabuleta, eu deixarei os versos.
A certa altura morrerá a tabuleta também, os versos também.
Depois de certa altura morrerá a rua onde esteve a tabuleta,
E a língua em que foram escritos os versos.
Morrerá depois o planeta girante em que tudo isto se deu.
Em outros satélites de outros sistemas qualquer coisa como gente
Continuará fazendo coisas como versos e vivendo por baixo de coisas como tabuletas,
Sempre uma coisa defronte da outra,
Sempre uma coisa tão inútil como a outra,
Sempre o impossível tão estúpido como o real,
Sempre o mistério do fundo tão certo como o sono de mistério da superfície,
Sempre isto ou sempre outra coisa ou nem uma coisa nem outra.
Mas um homem entrou na Tabacaria (para comprar tabaco?)
E a realidade plausível cai de repente em cima de mim.
Semiergo-me enérgico, convencido, humano,
E vou tencionar escrever estes versos em que digo o contrário.
Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto.
Depois deito-me para trás na cadeira
E continuo fumando.
Enquanto o Destino mo conceder, continuarei fumando.
(Se eu casasse com a filha da minha lavadeira
Talvez fosse feliz.)
Visto isto, levanto-me da cadeira. Vou à janela.
O homem saiu da Tabacaria (metendo troco na algibeira das calças?).
Ah, conheço-o; é o Esteves sem metafísica.
(O Dono da Tabacaria chegou à porta.)
Como por um instinto divino o Esteves voltou-se e viu-me.
Acenou-me adeus, gritei-lhe Adeus ó Esteves!, e o universo
Reconstruiu-se-me sem ideal nem esperança, e o Dono da Tabacaria sorriu.
Sobre o autor: Fernando Pessoa
Nasceu em Lisboa. Considerado um dos mais importantes poetas modernistas. Criou heterônimos famosos como Alberto Caieiro, Ricardo Reis e Álvaro Campos.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Preconceito

Preconceito.
Preconceito é também uma forma de aprisionamento.
Olhamos o outro e o definimos a partir do que achamos sobre ele.
Temos uma série de opiniões que resolvemos construir dentro de nós, e que são frutos de uma primeira visão.
Olhamos e encaixotamos o outro no nosso preconceito.
Decidimos que ele é assim, mesmo que nunca tenhamos nos aproximado dele para confirmar o que achamos...
Achamos e perdemos.
Perdemos por desperdiçar a oportunidade de superar o conhecimento aparente, e assim quem sabe, ganhar um grande amigo, um grande apoio existencial.
Achamos muitas coisas sobre ele. E por achar tanto, resolvemos não buscar a verdade fundamental, e assim deixamos de ganhar.
Talvez esse seja um dos grandes pecados do nosso tempo. O mundo é superficial nas suas análises.
Basta flagrar uma única atitude, para que o mundo entregue o seu parecer preconceituoso e definitivo.
Jesus se opunha radicalmente a esta postura. Ele gostava de ver além.
E alertava os discípulos para este constante cuidado. O cristianismo supera o judaísmo justamente neste ponto.
Jesus não queria uma religião que parasse na exterioridade, que dispensasse facilmente as pessoas só porque têm uma aparência ou um histórico que num primeiro momento não nos agrade.
A beleza da vida consiste em olhar o mundo com "olhos de terceira margem", com os olhos de Jesus.
Eu, nem sempre consigo, mas não quero perder este esforço de vista.
Eu ainda vivo o desconcerto das escolhas de Jesus. Fico indignado quando o vejo escolher Zaqueu em meio a tanta gente santa e de boa índole.
Ainda me incomoda quando ele diz que as prostitutas podem me preceder na entrada do Reino.



Pe. Fabio de Melo

sexta-feira, 14 de junho de 2013

"Seu Irineu". Pobre, Negro e Velho.

Blog de Thais Luso
Ele nasceu no ano de 1932 em Recife, Cidade litorânea e uma das mais violentas e desiguais desse País de desigualdades. 
Seu pai um homem de avançada idade desposou sua mãe quando esta tinha apenas 11 anos.                                                                                                                                                          É verdade, isso acontecia muito em regiões pobres do Brasil, onde as famílias tinham muitos filhos e não viam a hora de se livrar das meninas. "Seu Irineu" não sabe precisar com que idade sua Mãe o teve. Sabe apenas que ela teve nove filhos, dos quais 5 se criaram. Seu pai faleceu quando ele estava com sete anos. 
Ele relata esse fato e as lagrimas lhe vem aos Olhos, “(meu pai morreu numa miséria rapaz)”. Conta detalhes dessa morte como se isso tivesse ocorrido ontem, mas já se foram 71 anos.                                                                                                  "Seu Irineu" perambulou pela vida. Negro, pobre, sem estudo, pois estudou apenas ate a segunda serie do ensino fundamental. Teve os piores trabalhos, carregador de sacos de cimento, catador de papelão e servente de pedreiro.                                                                                                                                    O Trabalho nunca lhe deu as condições mínimas de vida, sempre morou nos piores lugares de Recife, Rio de Janeiro e por fim São Paulo, onde sobrevive até hoje. 
Sempre diz que a vida o reservou o que existe de pior, pois tudo que desejou não conquistou tudo que quis não obteve. 
Frequenta uma igreja onde puseram em sua cabeça de pouca ou nem uma cultura, que a culpa de tudo isso e do "demônio". Acredita nessa explicação e se agarra a promessa que se fizer o bem, pagar o dízimo corretamente e for batizado irá para o Céu, lá sim terá dignidade e será feliz.                                                           Enquanto isso ele carrega seu corpo de mais ou menos um metro e meio, (não sei se um dia chegou a ser maior e por conta das dores da vida encolheu,  ou se sua infância de privações o fez ter essa estatura), e uma placa de propaganda pelas ruas do centro de São Paulo, aos 78 anos,  trabalha todos os dias úteis da semana e ganha 15 Reais para isso.
 Não tem contato com nenhum dos seus irmãos que sobreviveram. 
Seus poucos dentes estão sempre à mostra, ele ri apesar de tudo. Não sei se é feliz.                                                                                                                            Um dia ele não aparecerá para trabalhar, passarão alguns dias e ele não aparecerá mais nas ruas do centro, ninguém irá notar. 
Foi apenas mais um brasileiro que passou pela vida. Se incomodou alguém foi a si mesmo, se sofreu foi por si mesmo; deve ter amado alguém um dia. Se chorou foi no seu barraco em Vila Brasilândia, Zona Norte de São Paulo onde vive. 
"Sua vida não foi necessária ao Século", parafraseio Machado de Assis.



sexta-feira, 20 de abril de 2012

As 13 Virtudes de Benjamim Franklin


nota de cem dólares
1. Temperança: não comer com estupidez e beber com excesso;

2. Silêncio: falar tão somente o que pode beneficiar os outros ou a si mesmo. Evite conversa banal;

3. Ordem: deixe todas as coisas (assuntos) terem seu lugar. Que cada parte dos seus assuntos tenha seu tempo;

4. Resolução: resolver realizar o que se deve; executar sem falhas que você se pode resolver;

5. Frugalidade: não fazer gastos, mas fazer o bem a outros e a si ou: não gaste nada;

6. Indústria: não perca tempo. Trabalhar sempre em algo útil. Corte todas as desnecessidades;

7. Sinceridade: não seja ofensivo; pense inocentemente e com justiça e, se falar, fale concordando;

8. Justiça: é errado causar dor por nada, ou omitir algum benefício que seja seu dever divulgar;

9. Moderação: evite extremismos; causar lesões pode ressentir tanto quanto você acha que eles merecem;

10. Limpeza: não tolerar nenhuma impureza no corpo, no vestuário ou na moradia;

11. Tranquilidade: não ser perturbado por bobagens, ou em situações (acidentes) comuns ou inevitáveis;

12. Castidade: raramente se dê ao luxo, e nunca por estupidez, fraqueza, ou prejuízo próprio ou de outro;

13. Humildade: imite Jesus e Sócrates.

Acredito que ele foi um vencedor, mesmo nao tendo atingido seu objetivo. “Nunca cheguei à perfeição que eu tinha sido tão ambicioso em obter, e fiquei muito aquém dela. Mas eu era, pelo esforço, um homem melhor e mais feliz do que eu deveria ter sido se não tivesse tentado isso.”

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Dedicatória a um amigo [Fernando Pessoa]


Um dia a maioria de nós irá separar-se.
Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, das descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que partilhamos. Saudades até dos momentos de lágrimas, da angústia, das vésperas dos finais de semana, dos finais de ano, enfim... do companheirismo vivido.
Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre.
Hoje não tenho mais tanta certeza disso.
Em breve cada um vai para seu lado, seja pelo destino ou por algum desentendimento, segue a sua vida.
Talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nas cartas que trocaremos.
Podemos falar ao telefone e dizer algumas tolices... Até que os dias vão passar, meses...anos... até este contacto se tornar cada vez mais raro.
Vamo-nos perder no tempo.... Um dia os nossos filhos vão ver as nossas fotografias e perguntarão: "Quem são aquelas pessoas?" Diremos...que eram nossos amigos e...... isso vai doer tanto! "
Foram meus amigos, foi com eles que vivi tantos bons anos da minha vida!" A saudade vai apertar bem dentro do peito.
Vai dar vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente...... Quando o nosso grupo estiver incompleto... reunir-nos-emos para um último adeus de um amigo.
E, entre lágrimas abraçar-nos-emos. Então faremos promessas de nos encontrar mais vezes desde aquele dia em diante.
Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vida, isolada do passado.
E perder-nos-emos no tempo..... Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida te passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades.... Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!"
Fernando Pessoa

Dedicado ao meu primo, Sidney. Que deus o receba em seu braços de amor.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Discurso de Steve Jobs na Universidade de Stanford em 2005

Steve Jobs - Apple

Assista ao vídeo http://www.youtube.com/watch?v=66f2yP7ehDs
Transcrevo aqui a tradução do famoso discurso de Steve Jobs para os formandos da Universidade Stanford em 2005. Você tem que encontrar o que você ama


Estou honrado de estar aqui, na formatura de uma das melhores universidades do mundo. Eu nunca me formei na universidade. Que a verdade seja dita, isso é o mais perto que eu já cheguei de uma cerimônia de formatura. Hoje, eu gostaria de contar a vocês três histórias da minha vida. E é isso. Nada demais. Apenas três histórias.


A primeira história é sobre ligar os pontos.


Eu abandonei o Reed College depois de seis meses, mas fiquei enrolando por mais 18 meses antes de realmente abandonar a escola. E por que eu a abandonei? Tudo começou antes de eu nascer. Minha mãe biológica era uma jovem universitária solteira que decidiu me dar para a adoção. Ela queria muito que eu fosse adotado por pessoas com curso superior. Tudo estava armado para que eu fosse adotado no nascimento por um advogado e sua esposa. Mas, quando eu apareci, eles decidiram que queriam mesmo uma menina.


Então meus pais, que estavam em uma lista de espera, receberam uma ligação no meio da noite com uma pergunta: “Apareceu um garoto. Vocês o querem?” Eles disseram: “É claro.”


Minha mãe biológica descobriu mais tarde que a minha mãe nunca tinha se formado na faculdade e que o meu pai nunca tinha completado o ensino médio. Ela se recusou a assinar os papéis da adoção. Ela só aceitou meses mais tarde quando os meus pais prometeram que algum dia eu iria para a faculdade. E, 17 anos mais tarde, eu fui para a faculdade. Mas, inocentemente escolhi uma faculdade que era quase tão cara quanto Stanford. E todas as economias dos meus pais, que eram da classe trabalhadora, estavam sendo usados para pagar as mensalidades. Depois de seis meses, eu não podia ver valor naquilo.


Eu não tinha idéia do que queria fazer na minha vida e menos idéia ainda de como a universidade poderia me ajudar naquela escolha. E lá estava eu, gastando todo o dinheiro que meus pais tinham juntado durante toda a vida. E então decidi largar e acreditar que tudo ficaria ok.


Foi muito assustador naquela época, mas olhando para trás foi uma das melhores decisões que já fiz. No minuto em que larguei, eu pude parar de assistir às matérias obrigatórias que não me interessavam e comecei a frequentar aquelas que pareciam interessantes. Não foi tudo assim romântico. Eu não tinha um quarto no dormitório e por isso eu dormia no chão do quarto de amigos. Eu recolhia garrafas de Coca-Cola para ganhar 5 centavos, com os quais eu comprava comida. Eu andava 11 quilômetros pela cidade todo domingo à noite para ter uma boa refeição no templo hare-krishna. Eu amava aquilo.


Muito do que descobri naquela época, guiado pela minha curiosidade e intuição, mostrou-se mais tarde ser de uma importância sem preço. Vou dar um exemplo: o Reed College oferecia naquela época a melhor formação de caligrafia do país. Em todo o campus, cada poster e cada etiqueta de gaveta eram escritas com uma bela letra de mão. Como eu tinha largado o curso e não precisava frequentar as aulas normais, decidi assistir as aulas de caligrafia. Aprendi sobre fontes com serifa e sem serifa, sobre variar a quantidade de espaço entre diferentes combinações de letras, sobre o que torna uma tipografia boa. Aquilo era bonito, histórico e artisticamente sutil de uma maneira que a ciência não pode entender. E eu achei aquilo tudo fascinante.


Nada daquilo tinha qualquer aplicação prática para a minha vida. Mas 10 anos mais tarde, quando estávamos criando o primeiro computador Macintosh, tudo voltou. E nós colocamos tudo aquilo no Mac. Foi o primeiro computador com tipografia bonita. Se eu nunca tivesse deixado aquele curso na faculdade, o Mac nunca teria tido as fontes múltiplas ou proporcionalmente espaçadas. E considerando que o Windows simplesmente copiou o Mac, é bem provável que nenhum computador as tivesse.


Se eu nunca tivesse largado o curso, nunca teria frequentado essas aulas de caligrafia e os computadores poderiam não ter a maravilhosa caligrafia que eles têm. É claro que era impossível conectar esses fatos olhando para frente quando eu estava na faculdade. Mas aquilo ficou muito, muito claro olhando para trás 10 anos depois.


De novo, você não consegue conectar os fatos olhando para frente. Você só os conecta quando olha para trás. Então tem que acreditar que, de alguma forma, eles vão se conectar no futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa – sua garra, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa maneira de encarar a vida nunca me decepcionou e tem feito toda a diferença para mim.


Minha segunda história é sobre amor e perda.


Eu tive sorte porque descobri bem cedo o que queria fazer na minha vida. Woz e eu começamos a Apple na garagem dos meus pais quando eu tinha 20 anos. Trabalhamos duro e, em 10 anos, a Apple se transformou em uma empresa de 2 bilhões de dólares e mais de 4 mil empregados. Um ano antes, tínhamos acabado de lançar nossa maior criação — o Macintosh — e eu tinha 30 anos.


E aí fui demitido. Como é possível ser demitido da empresa que você criou? Bem, quando a Apple cresceu, contratamos alguém para dirigir a companhia. No primeiro ano, tudo deu certo, mas com o tempo nossas visões de futuro começaram a divergir. Quando isso aconteceu, o conselho de diretores ficou do lado dele. O que tinha sido o foco de toda a minha vida adulta tinha ido embora e isso foi devastador. Fiquei sem saber o que fazer por alguns meses.


Senti que tinha decepcionado a geração anterior de empreendedores. Que tinha deixado cair o bastão no momento em que ele estava sendo passado para mim. Eu encontrei David Peckard e Bob Noyce e tentei me desculpar por ter estragado tudo daquela maneira. Foi um fracasso público e eu até mesmo pensei em deixar o Vale [do Silício].


Mas, lentamente, eu comecei a me dar conta de que eu ainda amava o que fazia. Foi quando decidi começar de novo. Não enxerguei isso na época, mas ser demitido da Apple foi a melhor coisa que podia ter acontecido para mim. O peso de ser bem sucedido foi substituído pela leveza de ser de novo um iniciante, com menos certezas sobre tudo. Isso me deu liberdade para começar um dos períodos mais criativos da minha vida. Durante os cinco anos seguintes, criei uma companhia chamada NeXT, outra companhia chamada Pixar e me apaixonei por uma mulher maravilhosa que se tornou minha esposa.


A Pixar fez o primeiro filme animado por computador, Toy Story, e é o estúdio de animação mais bem sucedido do mundo. Em uma inacreditável guinada de eventos, a Apple comprou a NeXT, eu voltei para a empresa e a tecnologia que desenvolvemos nela está no coração do atual renascimento da Apple.


E Lorene e eu temos uma família maravilhosa. Tenho certeza de que nada disso teria acontecido se eu não tivesse sido demitido da Apple.


Foi um remédio horrível, mas eu entendo que o paciente precisava. Às vezes, a vida bate com um tijolo na sua cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me permitiu seguir adiante foi o meu amor pelo que fazia. Você tem que descobrir o que você ama. Isso é verdadeiro tanto para o seu trabalho quanto para com as pessoas que você ama.


Seu trabalho vai preencher uma parte grande da sua vida, e a única maneira de ficar realmente satisfeito é fazer o que você acredita ser um ótimo trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho é amar o que você faz.


Se você ainda não encontrou o que é, continue procurando. Não sossegue. Assim como todos os assuntos do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer grande relacionamento, só fica melhor e melhor à medida que os anos passam. Então continue procurando até você achar. Não sossegue.


Minha terceira história é sobre morte.


Quando eu tinha 17 anos, li uma frase que era algo assim: “Se você viver cada dia como se fosse o último, um dia ele realmente será o último.” Aquilo me impressionou, e desde então, nos últimos 33 anos, eu olho para mim mesmo no espelho toda manhã e pergunto: “Se hoje fosse o meu último dia, eu gostaria de fazer o que farei hoje?” E se a resposta é “não” por muitos dias seguidos, sei que preciso mudar alguma coisa.


Lembrar que estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões. Porque quase tudo — expectativas externas, orgulho, medo de passar vergonha ou falhar — caem diante da morte, deixando apenas o que é apenas importante. Não há razão para não seguir o seu coração.


Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira que eu conheço para evitar a armadilha de pensar que você tem algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir seu coração.


Há um ano, eu fui diagnosticado com câncer. Era 7h30 da manhã e eu tinha uma imagem que mostrava claramente um tumor no pâncreas. Eu nem sabia o que era um pâncreas.


Os médicos me disseram que aquilo era certamente um tipo de câncer incurável, e que eu não deveria esperar viver mais de três a seis semanas. Meu médico me aconselhou a ir para casa e arrumar minhas coisas — que é o código dos médicos para “preparar para morrer”. Significa tentar dizer às suas crianças em alguns meses tudo aquilo que você pensou ter os próximos 10 anos para dizer. Significa dizer seu adeus.


Eu vivi com aquele diagnóstico o dia inteiro. Depois, à tarde, eu fiz uma biópsia, em que eles enfiaram um endoscópio pela minha garganta abaixo, através do meu estômago e pelos intestinos. Colocaram uma agulha no meu pâncreas e tiraram algumas células do tumor. Eu estava sedado, mas minha mulher, que estava lá, contou que quando os médicos viram as células em um microscópio, começaram a chorar. Era uma forma muito rara de câncer pancreático que podia ser curada com cirurgia. Eu operei e estou bem.


Isso foi o mais perto que eu estive de encarar a morte e eu espero que seja o mais perto que vou ficar pelas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso agora dizer a vocês, com um pouco mais de certeza do que quando a morte era um conceito apenas abstrato: ninguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para chegar lá.


Ainda assim, a morte é o destino que todos nós compartilhamos. Ninguém nunca conseguiu escapar. E assim é como deve ser, porque a morte é muito provavelmente a principal invenção da vida. É o agente de mudança da vida. Ela limpa o velho para abrir caminho para o novo. Nesse momento, o novo é você. Mas algum dia, não muito distante, você gradualmente se tornará um velho e será varrido. Desculpa ser tão dramático, mas isso é a verdade.


O seu tempo é limitado, então não o gaste vivendo a vida de um outro alguém.


Não fique preso pelos dogmas, que é viver com os resultados da vida de outras pessoas.


Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior.


E o mais importante: tenha coragem de seguir o seu próprio coração e a sua intuição. Eles de alguma maneira já sabem o que você realmente quer se tornar. Todo o resto é secundário.


Quando eu era pequeno, uma das bíblias da minha geração era o Whole Earth Catalog. Foi criado por um sujeito chamado Stewart Brand em Menlo Park, não muito longe daqui. Ele o trouxe à vida com seu toque poético. Isso foi no final dos anos 60, antes dos computadores e dos programas de paginação. Então tudo era feito com máquinas de escrever, tesouras e câmeras Polaroid.


Era como o Google em forma de livro, 35 anos antes de o Google aparecer. Era idealista e cheio de boas ferramentas e noções. Stewart e sua equipe publicaram várias edições de Whole Earth Catalog e, quando ele já tinha cumprido sua missão, eles lançaram uma edição final. Isso foi em meados de 70 e eu tinha a idade de vocês.


Na contracapa havia uma fotografia de uma estrada de interior ensolarada, daquele tipo onde você poderia se achar pedindo carona se fosse aventureiro. Abaixo, estavam as palavras:


“Continue com fome, continue bobo.”


Foi a mensagem de despedida deles. Continue com fome. Continue bobo. E eu sempre desejei isso para mim mesmo. E agora, quando vocês se formam e começam de novo, eu desejo isso para vocês. Continuem com fome. Continuem bobos.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Dia Internacional da Solidariedade!


solidariedade.

A solidariedade social é a condição do grupo que resulta da comunhão de atitudes e de sentimentos, de modo a constituir o grupo em apreço uma unidade sólida, capaz de resistir às forças exteriores e mesmo de tornar-se ainda mais firme em face de oposição vinda de fora.[1]

[2]== Solidariedade Mecânica == Característica da fase primitiva da organização social que se origina das semelhanças psíquicas e sociais (e, até mesmo, físicas) entre os membros individuais. Para a manutenção dessa igualdade, necessária à sobrevivência do grupo, deve a coerção social, baseada na consciência coletiva, ser severa e repressiva. O progresso da divisão do trabalho faz com que a sociedade de solidariedade mecânica se transforme.

Há importantes estudos sociológicos realizados pelo francês Émile Durkheim (1858-1917), em sua obra intitulada A Divisão do Trabalho. Sua tese é de que a sociedade era mantida coesa por duas forças de unidade. Uma em relação a pontos de vista semelhantes compartilhados pelas pessoas, por exemplo, valores e crenças religiosas, o que ele denominou de solidariedade mecânica. A outra é representada pela divisão do trabalho em profissões especializadas, que foi denominada de solidariedade orgânica. (Fonte: Wikipédia )              A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou o dia 31 de agosto como Dia Internacional da Solidariedade, com o objetivo de promover e fortalecer os ideais de solidariedade entre as nações, povos e indivíduos.

Na Declaração do Milênio das Nações Unidas, a solidariedade foi reconhecida como um dos valores fundamentais para as relações internacionais no século XXI. (Fonte: IG Educa)
Geralmente quando falamos em solidariedade vem a cabeça a ideia de ajudar algum grupo atingido por  uma catástrofe natural ou guerra, mas, a solidariedade vai muito alem disso. Solidariedade começa dentro de casa e acontece na rua, no transporte publico, no trânsito, no trabalho, enfim, onde você estiver. Portanto seja solidário com quem estiver por perto, em pequenas atitudes, logo, seu gesto ecoara e cobrira o mundo. Seja solidário!