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segunda-feira, 24 de junho de 2013

Movimento das Massas ou da Classe Média?

Fabio Campana
Ainda falando sobre as manifestações que ocorrem pelo Brasil e sem saber quais serão os próximos capítulos desse enredo, gostaria de questionar aqui sobre a quem pertence esse movimento.
No início o movimento parecia ser uma demanda da esquerda. O MPL - ou passe livre, tem todas as característica da esquerda, a não ser que seus maiores expoentes são de classe média.
Calma aí, uma manifestação de esquerda, formada por integrantes da direita?
Não, eles não são de direita, mas até pela sua formação, muitas de suas ideias são conservadoras, haja vista ter atraído com tanta facilidade a adesão de alas conservadoras da burguesia paulistana em primeira instância.
Ou você acha que faixas com o pedido da redução da maioridade penal é um anseio da esquerda?
Outra, o MPL veio para as ruas com o único propósito de conseguir a revogação do aumento das tarifas do transporte público, e chamar a atenção da classe política para esse assunto.
O que o grupo não imaginou, é que outras demandas da sociedade viriam a tona, principalmente o assunto "corrupção", que a princípio não fazia parte da idia central dos protestos.
Daí dizer em diante, o caldo desandou e vieram uma enxurrada de outras demandas da classe média que desde a fundação do plano real tem sentido na pele todo o peso das decisões unilaterais dos governos.
o que podemos notar nisso tudo é que o movimento não é esquerdista nem das massas, mesmo porque é muito difícil agregar as classes menos favorecidas em torno de um ideal, tendo em vista a despolitização dessa gente.
Outra, não me vem na memória nenhuma revolução ou transformação que tenha vindo da base da pirâmide, sempre que houve alguma transformação ela partiu das classes mais elevadas, mesmo que essa tenha usado as massas como instrumento de manobra.
Precisamos analisar bem todo o contexto em que estamos vivendo para termos uma opinião formada a respeito desse assunto.
Chega de sermos manipulados.


quinta-feira, 20 de junho de 2013

Anônimos

Anonymous
Está virando uma dor de cabeça para filósofos, pensadores e sociólogos explicar os protestos que estão ocorrendo aqui no Brasil.
Acredito que o maior responsável por tudo isso é o Facebook, e não estou dizendo que seja o único nem dando uma explicação simplista para um assunto de tamanha magnitude.
O que tento dizer aqui, é que o Facebook proporcionou para muita gente e principalmente para os jovens, a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o outro.
Bem, a Rede trouxe para nós o fato de que existem muitas pessoas com problemas parecidos com os nossos, com as mesmas dificuldades e tentando ao máximo enganar a vida, enganar-se a si mesmo.
Um exemplo muito claro disso é o fato de as fotos serem sempre muito bem editadas, tentando mostrar uma felicidade que talvez exista apenas no mundo dos sonhos. E as mensagens de auto-ajuda, de escritores famosos, tentando passar uma cultura e um equilíbrio que pouca gente no Universo conseguiu atingir.
Junta tudo isso a falta de convívio social, falta de pessoas reais, de conversas reais e tem-se a fórmula para tentar uma mudança.
A mudança pode ser sair as ruas e manifestar-se contra tudo aquilo que todos sabem que está errado, mas que até agora nada foi feito para que o cenário seja transformado. Estamos diante do protesto porque protesto.
Tem muita gente no meio dessas multidões que nem imagina os interesses que podem estar pro trás de movimentos como esses, nem imagina no que isso pode se transformar.
Sou a favor de toda manifestação pública pacífica que tenha objetivos sublimes, nobres e virtuosos, mas tenho medo do protesto pelo protesto.
Você pode estar sendo manipulado por este ou aquele grupo, tome cuidado.
Se informe antes de sair por aí gritando palavras como:
"Vem pra rua, vem, contra o aumento"
"Saia do sofá e venha protestar"
"Sem vandalismo"
"Olha que legal, o Brasil parou e nem é Carnaval"
"Que coincidência, não tem polícia, não tem violência"
"Brasil, 'vamo' acordar, o professor vale mais que o Neymar"
Proteste com consciência!

segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vamos Sair às Ruas Por Um País Melhor.

Protesto Brasil


Vendo essa onda de protesto que está se espalhando por todo o Território Nacional, alguns questionamentos começam a borbulhar em minha mente.
Digamos que o Governador e o Prefeito, falando no caso aqui de São Paulo, resolvessem abaixar o preço da tarifa do transporte público, será que o movimento perderia seu objetivo?
Vejo muitos posts nas redes sociais afirmando que a motivação do movimento não foi apenas o aumento de 0,20 centavos do transporte.
Muitos dizem, é por conta dos gastos exorbitantes com a Copa Fifa 2014 e as Olimpíadas 2016. Mas quando o Brasil foi escolhido houve até uma certa comemoração com a escolha.
Outros dizem, é porque o governo está gastando muito com as obras dos estádios e não está investindo em saúde e educação. Desde quando isso foi preocupação de algum político brasileiro?
Muito do que estamos vendo agora, como belos estádios, modernas instalações e falta de acesso, falta de transporte de qualidade para a população já era mais que esperado.
Grandes eventos não trazem ganhos para a população, o que trás benefícios para um povo é investimento continuado em educação, saúde e moradia. Quem acreditou na aceleração do crescimento com a vinda desses eventos para cá, ou foi ingênuo ou não fez uma análise da nossa história recente.
Desde a escolha do Brasil para a Copa do Mundo (World Cup) 2014 o que vimos aqui foi um show de enganação por parte daqueles que estão lá para nos defender. A transferência de dinheiro público para o interesse privado agora se faz em "cachoeiras".
Falando aqui de São Paulo, primeiro tivemos a promessa de que os jogos seriam no Estádio do Morumbi, depois disseram que seria inviável e resolveram construir um estádio privado com dinheiro público. Por que será? Dinheiro publico não tem controle, gasta-se como bem quiser.
Os protestos precisam levar em conta todas as demandas da população brasileira, desde essa mídia elitista até nossa justiça cega, passando obviamente pelos políticos inertes e corruptos.
Gosto dos protestos, acredito que antes tarde do que nunca, mas acho que o propósito precisa ser maior. precisamos mudar essa escrita de que as coisas são impostas de cima para baixo e apenas acatamos como cordeiros e depois vamos reclamar no bar.
E daí que começamos a protestar em pleno os eventos da Fifa, é até bom. O mundo está de olho em nós.
Vamos protestar, vamos lutar por melhoria em nossa vida diária, não apenas quando tem visita.
Proteste já.


sexta-feira, 14 de junho de 2013

O que não estamos percebendo com esses protestos pelo Brasil?




Protestos em São Paulo - O Globo
A princípio parecia mais um dos muitos protestos que ocorrem na cidade de São Paulo pelo menos uma vez por semana. Quem assim como eu trabalha no Centro Velho ou na Região da Avenida Paulista já se acostumou ao gritos, apitos e microfones de sindicatos das mais variadas categorias.
Mas desta vez notamos algo de diferente, se angana quem acredita que são motivados apenas pelo aumento da tarifa dos transportes públicos, algo que tem acontecido com uma constância, (se não me falha a memória), anual.
As manifestações de agora tem um diferencial por não ser mais a demanda de um grupo ou categoria, as reivindicações são de todos nós, paulistanos, paulistas e brasileiros.

ônibus pichado com o valor da tarifa - Veja
O Brasil e em especial a cidade de São Paulo estão a cada dia trazendo para o cidadão um custo de vida mais elevado, tudo é muito caro por aqui.
A carga tributária brasileira é uma das mais altas do planeta, e recai principalmente sobre os menos favorecidos e a classe média. 
Os serviços públicos de toda espécie são péssimos, os governantes tomam decisões que não atendem os anseios da sociedade, que tem que engolir tudo a seco e sem reclamar.
Os protestos que estão se espalhando pelo Brasil, tenho a impressão, tentam chamar a atenção dos poderosos e da grande mídia, para o fato de que o povo não aguenta mais pagar por uma administração pública caríssima e corrupta e não participar das decisões e nem das discussões.
Os governos tem tomado decisões cada vez mais unilaterais, não tem consciência de que deve satisfação a população, que o levou até o poder e que paga seus impostos.
Tropa de Choque para conter manifestantes - O Estado
Nestes protestos cada um tem suas demandas, e acredito que 99% delas são legítimas.
Gastou-se bilhões do dinheiro público na construção de estádios para a Copa do Mundo de 2014, e vai se gastar muito mais tendo em vista as Olimpíadas de 2016, porém o legado que ficará para a população será o do superfaturamento de obras, nada de melhorias para quem aqui vive e paga seus impostos.
O governador e o Prefeito de São Paulo querem trazer ainda para cá a Expo-2020, o que geraria ainda mais gastos com eventos pontuais, que não trarão benefícios reais para a população, como disse outro dia no Programa Roda Viva da TV Cultura o arquiteto Paulo Mendes da Rocha.
Portanto é totalmente aceitável ver nestes protestos gente de quase todas as classes sociais espalhadas no meio da multidão, cada um pode ter seus motivos particulares, mas no final das contas a demanda é de todos nós.
Cada um tem sua maneira de protestar, desde que não descambe para a violência, todas elas são legítimas.
Não cale aquilo que te incomoda.


"No dia em que o povo acordar, os governantes não conseguirão dormir" 






segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Estádios Vazios Por Que?



Ontem (Domingo 28/08) foi um dia atípico para o futebol nacional, teve clássicos em todos os maiores centros do mercado brasileiro da bola. Alem do protesto contra o eterno dirigente "da bola" por aqui, intitulado #ForaRicardoTeixeira, que apesar do grande número de adeptos nao contou com a cobertura isenta da grande imprensa, outro fato me chamou a atenção: a violência. Bom, a imprensa em coro costuma dizer que o torcedor tem deixado de ir ao estádio por conta da violência. Mas, será que é por isso mesmo? Apesar de toda a rivalidade dos jogos do final de semana, o caso mais grave que aconteceu foi em Presidente Prudente ( que não é a casa nem de Palmeiras nem de Corinthians), onde segundo informações houve um principio de tumulto e logo depois apareceram dois palmeirenses feridos a bala. Não quero dizer que isso seja pouco, mas, se fizermos uma comparação com outros eventos da vida diária, veremos que a violência está em toda parte e nem por isso as pessoas tem deixado de sair a noite, de ir a igreja, de ir ao trabalho. O problema com a falta de torcedores nas arquibancadas esta mais ligada a falta de credibilidade que o esporte passa. Veja como ele é administrado; os interesses de cartolas e patrocinadores, aliados aos distribuidores de conteúdo esportivo levam a um resultado desastroso para o torcedor. Como confiar nos resultados? Como saber se quem esta em campo, realmente é quem tem talento ou simplesmente quem tem "costas quentes"? Alem do mais, tem os horários dos jogos, os preços dos ingressos, a dificuldade para de chegar as praças de jogos, a dificuldade para estacionar e o preço dos estacionamentos, sem falar na falta de craques em nossos times. Com o grande êxodo de jogadores brasileiros para outros países quando são apenas promessa, temos que nos contentar com aqueles que não interessam ao apetite vorás de cartolas e empresários, que trabalham dia e noite para ficarem cada dia mais milionários e deixar nossos campeonatos cada vez menos atraentes. Conclusão; a teoria de que a violência afasta o torcedor pode ate ter um pouco de consistência, mas cai por terra assim que passamos a ver o futebol de forma macro. Torcidas organizadas ou não, apenas nos gostamos de futebol. Cartolas gostam apenas de dinheiro. Salvem o Futebol!

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Copa do Mundo e Olimpíada: investimento público, lucro privado « CartaCapital

Veja a íntegra da entrevista do geógrafo norte-americano Christopher Gaffney, especialista no legado urbano de grandes eventos esportivos, publicado na edição desta semana de CartaCapital (veja online aqui).

Nesta conversa,Gaffney critica a organização da Copa do Mundo 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 pelas entidades brasileiras responsáveis. “O planejamento urbano está sendo dirigido pelos grandes eventos e não usando os grandes eventos para melhorar as cidades. É uma oportunidade única de usar um investimento federal imenso mas que está sendo mal pensado e mal usado”, afirma. Copa do Mundo e Olimpíada: investimento público, lucro privado « CartaCapital

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Quem disse que os protestos contra Ricardo Teixeira não dariam em nada?

Por Marco Antonio L.

Da CartaCapital

O #ForaRicardoTeixeira, da rede para as ruas

Redação Carta Capital 28 de julho de 2011 às 14:16h

O próxima sábado 30 será o primeiro dia em que o mundo voltará os olhos para o Brasil por conta da Copa do Mundo 2014. A Marina da Glória, no Rio de Janeiro, será palco do sorteio para as eliminatórias do Mundial, às 15 horas, com a presença dos chefões da Fifa e do governo brasileiro.

O mesmo sábado também será o dia em que Ricardo Teixeira, presidente da Confederação Brasileira de Futebol e do Comitê Organizador da Copa, ficará com as orelhas bem vermelhas. Às 10 da manhã, o Largo do Machado, também no Rio, será palco da concentração para a a “Marcha contra Ricardo Teixeira”, que tem início na região central carioca para chegar à Marina da Glória na hora do sorteio.

O protesto foi idealizado por uma organização intitulada Frente Nacional dos Torcedores (FNT), um grupo de pessoas de diversas aéreas que se reuniram para discutir a condição do futebol brasileiro a partir da internet. Segundo o presidente da Frente, o advogado João Hermínio Marques, a ideia partiu após a entrevista do presidente da CBF à revista Piauí. “O perfil dele (na publicação) mostra um sujeito inescrupuloso e arrogante. Se houvesse denúncias contra mim na imprensa, eu iria querer resolvê-las, mesmo que fossem falsas. Não iria dizer que estou ‘cagando’ para elas, como ele fez”, diz.

Como já é praxe, o protesto ganhou dimensão na internet. A FNT organizou uma ação no Twitter chamada por eles de Mega Twitaço, na qual a rede social foi bombardeada com tags como #ForaRicardoTeixeira, #caiforaricardoteixeira e outros.  À meia-noite desta quinta-feira, foi lançado o site Fora Ricardo Teixeira .

O #ForaRicardoTeixeira já repercute no exterior. Parte dos jornalistas internacionais que cobrirão o sorteio para a Copa também vai acompanhar os protestos. O Movimento Change Fifa, que começou na Inglaterra e tem angariado adeptos pelo mundo com o objetivo de pressionar por mudanças na entidade que comanda o futebol no mundo, já apoiou o movimento.

Ricardo Teixeira é, no momento, um dos homens mais importantes do Brasil. Além de presidir a entidade que comanda o futebol brasileiro desde 1989, pegou a organização da Copa do Mundo para si ao colocar-se como presidente do Comitê Organizador Local (COL). Mais que isso, recheou a entidade que responde pelo Mundial com pessoas próximas: sua filha, Joana Havelange, é a diretora-executiva, seu assessor de imprensa Rodrigo Paiva atua como diretor de comunicação, seu advogado Francisco Müssnich responde pela direção jurídica e Carlos Langoni, ex-presidente do Banco Central e administrador dos bens pessoais de Teixeira, é o diretor financeiro.

São Paulo é a próxima cidade a ter protestos contra Ricardo Teixeira. A marcha paulistana está prevista para 13 de agosto no vão do Masp, na Avenida Paulista.

terça-feira, 26 de julho de 2011

#ForaRicardoTeixeira

Ricardo Teixeira, Rei da CBF


Em primeiro lugar quero deixar claro que estou participando desse protesto, não por convicção política, por interesse pessoal ou por acreditar que tudo que se diz da pessoa hora citada seja verdade. Existem muitos interesses ocultos, que nós simples mortais nem ousamos imaginar. O futebol, a política, os grandes conglomerados de mídia e os criminosos se amalgamaram de tal maneira, que já não existe mais a possibilidade de separá-los. Participo desta manifestação, apenas por acreditar que ninguém deve ficar no poder por tanto tempo, sem ao menos ser ameaçado por um concorrente, sou um cara do mercado, e sei que a competição e salutar. Segue a campanha encabeçada pelo Blog do Juca: 


 Chegou a hora de o torcedor brasileiro mostrar a força do grito #FORARICARDOTEIXEIRA!
Então, vamos, convoque os seus amigos e familiares para participar do MEGATWITTAÇO que vai rolar a partir da zero hora de quarta-feira, dia 27/07, e se estenderá por 24 horas, até à zero hora do dia 28/07.
Vamos mostrar que o brasileiro está de olho no que o senhor Ricardo Teixeira está aprontando dentro e fora das quatro linhas na Confederação Brasileira de Futebol.
Mais do que um movimento pela transparência administrativa nesta instituição, o que buscamos é fazer com que este assunto não seja, MAIS UMA VEZ, abafado por aqueles que tiram proveito da falta de informação de todos nós brasileiros.
Como participar:

No Twitter:
Divulgando o link: http://foraricardoteixeira.com.br/megatwittaco
Divulgando a hashtag #FORARICARDOTEIXEIRA
Convocando seus amigos para participar do MEGATWITTAÇO
Seguindo e divulgando os perfis @foraoficial e a fan page #FORARICARDOTEIXEIRA http://on.fb.me/qazU7r
Você foi convocado. Entre em campo com gente!

Acompanhe a contagem regressiva para o MEGATWITTAÇO #FORARICARDOTEIXEIRA através do link:
http://foraricardoteixeira.com.br/megatwittaco
Participe. Divulgue. Contamos com você!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

As empreiteiras de sempre | BRASIL de FATO

Prefeitura do Rio privatiza serviços públicos na região portuária. Consórcio receberá R$ 7,6 bilhões em 15 anos



22/07/2011



Leandro Uchoas

do Rio de Janeiro (RJ)



Agora é ofi cial. A partir do último dia 14, a gestão dos serviços públicos em parcela significativa da região portuária será feita pelo consórcio Porto Novo. O grupo é formado pelas empreiteiras OAS, Odebrecht e Carioca. O consórcio receberá da prefeitura, ao longo dos próximos 15 anos, um montante avaliado em R$ 7,6 bilhões. As empresas serão responsáveis por obras que viabilizem serviços como troca de iluminação, coleta de lixo e gestão do trânsito. Consolida-se, dessa forma, um dos mais graves capítulos da ampla e elitista reforma urbana em curso no Rio de Janeiro, por conta dos megaeventos esportivos que terão a cidade como sede. O Porto Maravilha se torna, basicamente, um amplo espaço privado da cidade.

A maior parte dos terrenos que fazem parte da operação urbana Porto Maravilha, que ocupa uma área de 5 milhões de metros quadrados, é composta de terras públicas. O terreno foi vendido pelo governo federal à prefeitura a partir de avaliações de preços feitos pela Caixa Econômica Federal. Ocorre que, hoje, é a mesma Caixa a responsável pela compra, em leilão, dos Certifi cados de Potencial Adicional Construtivo (Cepacs) por R$ 3,5 bilhões. A instituição vai, agora, vender os Cepacs ao mercado imobiliário. Para a operação, a Caixa utiliza recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), dinheiro recolhido do salário dos trabalhadores brasileiros pela instituição. Trata-se de mais um exemplo, comum atualmente, de obras executadas pela iniciativa privada em terras públicas com recursos que, indiretamente, também são de origem pública.

A área sob operação do consórcio é gigantesca, delimitada pelas avenidas Francisco Bicalho, Rodrigues Alves, Beira-Mar e Presidente Vargas. Os serviços serão repassados gradualmente à iniciativa privada, durando 180 dias. A prefeitura alega ter exigido que as obras de infraestrutura do Porto Maravilha estejam prontas até dezembro de 2015, seis meses antes das Olimpíadas. Sete instalações olímpicas estão previstas para a região, incluindo a Vila de Mídia, o Centro de Monitoramento e Operações, e o Centro de Credenciamento e Tecnologia.
As empreiteiras de sempre | BRASIL de FATO

Público privado

Adaptação do Itaquerão para a Copa sangra cofres públicos em quase R$ 1 bi e dá ao Corinthians estádio melhor

O "convite" para adaptar o projeto de seu futuro estádio para receber a abertura da Copa do Mundo de 2014 rendeu ao Corinthians investimento de R$ 935 milhões do poder público, por enquanto.

Novas exigências da Fifa não incluídas no orçamento devem aumentar essa conta.

Antes de ser credenciada a abrigar partidas da Copa, a arena corintiana custaria R$ 350 milhões e deveria ser paga com dinheiro exclusivamente privado. Agora, tem diversas facilidades proporcionadas pelo poder público.

Além de receber aporte de dinheiro estatal, o Corinthians poderá pagar a parte que lhe cabe (R$ 400 milhões) em 15 anos, com uma taxa de juros privilegiada.

Isso porque é o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) que irá emprestar essa quantia ao fundo imobiliário criado para viabilizar a obra. Leia matéria completa... Público privado

Investimento privado para Copa não passa de 10% - CBN

A copa que seria feita com investimentos privados, agora de vê que 90% dos investimentos sao públicos. Eu nao pedi para ter uma copa aqui, e tenho certeza que a maioria de voces tambem nao. Porém fomos convidados compulsoriamente a pagar a conta de um evento pela qual a maioria esmagadora da população so vera pela televisão. Os governantes explicam essa palhaçada com a cara lavada e os sofismos de sempre, a imprensa faz vistas grossas, afinal seus patrocinadores querem a copa, ela nao pode ir contra seus interesses. O povo de cala. Leia essa matéria interessantissima no Blog do Milton Jung: Investimento privado para Copa não passa de 10% - CBN