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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

O Desejo de Felicidade: destrua-o

Osho

Isso parece muito melancólico, triste, negativo. Não é. Quanto mais você desejar conforto, mais desconforto estará criando para si mesmo, porque o desconforto é proporcional ao desejo de conforto.

Quanto mais você procurar felicidade, tanto mais sofrerá. O sofrimento é uma sombra. Quanto maior o desejo de felicidade, maior será a sua sombra. Procure a felicidade e você nunca a obterá. Somente sentirá frustração. Por que? Porque há apenas um modo de ser feliz, que é ser feliz aqui, agora. A felicidade não é um resultado. É um modo de vida.

A felicidade não é o resultado final do desejo. É uma atitude, não um desejo. Você pode ser feliz aqui e agora se souber como ser feliz, mas você nunca será feliz se não souber como ser feliz e continuar desejando a ser feliz. A felicidade é uma arte. É um modo de vida.

Neste exato momento, se você puder permanecer calado e consciente da vida ao seu redor e no seu interior, você será feliz. Os pássaros estão cantando, o vento está soprando. As árvores estão felizes, o céu está feliz, todas as coisas existentes estão felizes, exceto você. A existência é felicidade, é uma celebração eterna, uma festividade. Olhe para a existência! Cada árvore está em festa, cada pássaro está em festa. Exceto o homem, tudo está em festa. Toda a existência é um festival, um constante e contínuo festival. Nenhuma tristeza, nenhuma morte, nenhuma miséria existe em lugar nenhum, a não ser na mente humana. Algo está errado com a mente humana, não com a existência. Algo está errado com você, não com a situação.

Por que o homem é infeliz? Nenhum animal é tão infeliz, nenhum pássaro é tão infeliz, nenhum peixe é tão infeliz quanto o homem. Por que o homem é tão infeliz? Porque o homem deseja a felicidade, mas os pássaros estão felizes neste exato momento; as árvores estão felizes neste exato momento. O homem deseja a felicidade; ele nunca está feliz aqui e agora. Ele sempre deseja a felicidade e continua a perdê-la. A felicidade está aqui. Ela está acontecendo ao seu redor. Permita que ela entre em você.

Faça parte da existência. Não se mova para o futuro. A existência nunca se move para o futuro; apenas a mente se move.

É a isso que chamo meditação: estar aqui, sem se mover para o futuro. Não seja ambicioso, destrua todo desejo pela vida, não deseje a felicidade, e então você será feliz e ninguém poderá destruir a sua felicidade. Ser-lhe-á impossível ser infeliz. Então você será imortal e a vida eterna terá acontecido. Na verdade, ela já aconteceu, mas você não está consciente dela. Então você estará realizado. Sem ambição, você estará realizado.

Você é único. Tudo, toda experiência máxima que é possível a alguém também é possível a você; mas acontecerá de um modo único. Aconteceu a Buda, a Jesus, a Zaratustra, e acontecerá a você também. Mas nunca acontece do mesmo modo. Não acontecerá a você do mesmo modo que aconteceu a Buda. Não lhe acontecerá assim como aconteceu a Jesus. Acontecerá a você de um modo único, individual. Quando acontecer a você, será absolutamente nova. A essência da experiência será a mesma - a mesma bem-aventurança, o mesmo silêncio, a mesma iluminação - mas na periferia tudo será diferente.

Portanto, não imite ninguém. Isso faz parte da ambição. Não imite Buda, não imite Jesus. Tente ser você mesmo. Ou melhor: seja você mesmo, pois tentar ainda é fútil. Quando você é você mesmo, está aberto a todas as responsabilidades. Quando você é você mesmo, toda a existência começa a ajudá-lo. Você não briga com ela.

Quando você não está em luta... É isso o que significa confiar. Quando você não está em luta, a existência acontece a você. Se você está lutando com a existência, está simplesmente se destruindo, destruindo suas possibilidades, sua energia, sua vida, sua existência. Não lute! Entregue-se à existência. Aceite a si mesmo, do modo que o todo quer que você seja; não tente ser outra coisa, e a iluminação pode acontecer a qualquer momento. Pode acontecer neste exato momento; não é preciso esperar.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Pense, critique, decida!

Bebê (marcas)


"O conceito de moda apareceu no final da Idade Média (século 15) e princípio da Renascença, na corte de Borgonha (atualmente parte da França), com o desenvolvimento das cidades e a organização da vida das cortes. A aproximação das pessoas na área urbana levou ao desejo de imitar: enriquecidos pelo comércio, os burgueses passaram a copiar as roupas dos nobres. Ao tentarem variar suas roupas para diferenciar-se dos burgueses, os nobres fizeram funcionar a engrenagem — os burgueses copiavam, os nobres inventavam algo novo, e assim por diante." (Folha). 

Hoje tento compor aqui algo relativo a moda. Depois de ler o noticiário da manhã, ler meus emails e dar uma "zapeada" na rede, me veio o desejo de falar sobre o tema. Você tenta seguir ou faz moda? Ah, esqueci de dizer, o texto não se restringe a moda no sentido de "vestir".  "A palavra "moda" vem do latim modus, significando "modo", "maneira". Em inglês, moda é fashion, corruptela da palavra francesa façon, que também quer dizer "modo", "maneira"." Portanto um assunto abrangente. Quem deseja seguir as tendências da moda, precisa estar atento, informado e bem estabelecido. Digamos que você queira ter o celular mais moderno; a indústria sempre oferecera um melhor a cada mês. Carro: existe uma infinidade de fabricantes; modelos nem se fala. O marketing trabalha fortemente para lhe dizer o que você deve consumir.
 Porém a coisa se complica quando a moda dita o que as pessoas devem pensar e como devem agir. Por exemplo, hoje esta na moda falar em descriminalização das drogas, quem levanta essa bandeira é considerado "cool", antenado e por ai vai.
 O ex-presidente FHC, sociólogo e pensador esta em campanha, já tem um documentário (Quebrando o Tabu, dirigido por Fernando Grostein Andrade), e fala abertamente mundo a fora sobre o assunto. Acredito que FHC tenha credenciais para discutir sobre o tema, mas vejo pessoas totalmente leigas, formadores de opinião, dando declarações contra ou a favor, sem nenhum conhecimento de causa. Com isso trazem um retrocesso ao debate.
 Notório é que a guerra as drogas não deu certo, mas dai a simplesmente legalizar, não creio ser o melhor caminho. 
Confesso que toda vez que ouço um especialista contra ou a favor da descriminalização fico tentado a abraçar a causa daquele que acabo de ouvir. Os argumentos são fortes. 
Outro assunto que esta em voga é a questão do homossexualismo, por ser um assunto "midiático" tem se ouvido muita besteira de todos os lados. Não sou contra as lutas pelos direitos das minorias, sejam elas quais forem, mas, para emitir uma opinião, faz-se necessário no mínimo conhecimento e estudo de causa.
 Usar um estilo de roupa, porque fica legal em outra pessoa, é até aceitável, mas, abdicar do seu direito de pensar e criticar porque esta ou aquela pessoa disse que é certo ou errado é no mínimo comodismo e pode atrofiar seu cérebro.

Luciano Nunes assunção

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Produto do Sistema.




"ser de esquerda hoje é preferir a desordem à injustiça"
(Bernard Henry-Lévi, filósofo francês)                       


Começo este post com uma citação que descreve exatamente a revolução silenciosa ( as vezes nem tanto) que esta acontecendo em nossa sociedade. Já me considerei um cara de esquerda, hoje em dia nenhuma linha filosófica, politicamente falando consegue expressar ou mitigar meus anseios como "ser político", afinal  querendo ou não, todos fazemos política. O assassinato da juíza Patricia Acioli no Rio de Janeiro, expõe drasticamente o tipo de sociedade que esta se formando no Brasil. Os valores estão totalmente invertidos, não quero ser repetitivo,  muito menos usar clichês, é que a verdade bate a porta, e não tem como deixarmos de abrir para que ela entre e nos olhe nos olhos. A juíza foi morta segundo as primeiras analises por que exercia o seu trabalho com esmero, quer dizer, fazia com que a lei fosse cumprida. O que cria no consciente coletivo a ideia de que por aqui, quem tenta fazer as coisas de maneira correta morre, ou no mínimo é posto a margem do sistema. Que fique bem claro, que ate o momento ninguém pode afirmar que ela foi executada pelo crime organizado, seja ele publico ou privado. Por enquanto são apenas suspeitas. Sabemos, que no Rio e em todo o resto do pais, o crime domina em todas as esferas, basta dar uma olhada no noticiário, todos os dias estouram denuncias de corrupção em todas as esferas de governo, nas policias, e nos bairros. Quando um político é acusado de corrupção e nada acontece a ele, no máximo uma demissão, ele da um aviso para toda a sociedade que se você tiver poder, nada lhe acontecera. O bandido lá da favela ou do asfalto ouve essa mensagem, ele quer ter poder, e o poder dele sera conquistado na base da violência, afinal, ele não pode pagar os altos honorários dos grandes escritórios de advocacia com o "Senhor Ministro", então ele resolve na bala. Seja matando um juiz, um policial, ou qualquer pessoa que entre no seu caminho na busca pelo poder. 
Hoje, os heróis dos meninos da periferia são os caras do PCC, (não estou fazendo apologia). Esses caras tem dinheiro, tem poder, e podem dar uma relativa proteção. O Estado, da maneira que tem sido administrado, não conhece a base da pirâmide. Quando a coisa aperta, o Estado invade e manda matar. O juiz carioca João Batista Damasceno sintetiza bem o problema de o Estado" tentar resolver a violência com violência: " O perigo de se criar cachorros bravos e deixá-los soltos para atacar os indesejáveis aos seus donos é que depois não mais distinguem a quem estão autorizados a morder."                            
O modelo de sociedade que esta em curso não só aqui no Brasil mas em quase todo o mundo tem um efeito colateral terrível, a informação chega muito rápido, e as vezes distorcida. Basta analisar o ciclo pernicioso que a vida se tornou, para notar que os excluídos se rebelam de alguma maneira. Não adianta achar que o cara que foi maltratado o tempo todo pela vida ira retribuir com flores. 
Claro que existem casos de pessoas com poucas oportunidades que acabaram dando certo, mas na maioria, quem recebe chutes esta devolvendo tiros. A publicidade esta cada vez mais especializada em vender, a industria em criar, e as pessoas cheias de desejos e necessidades. Se o "tiozinho" lá do congresso pode roubar milhões e não ser preso, por que o "moleque" que rouba ou trafica pra ter alguns desejos realizados não pode?         
 Ou os formadores de opinião, aqueles que tem os microfones fazem alguma coisa, ou os bandidos farão. Eles estão cheios de boas intenções, se forem para o inferno, nem ligam, a vida deles por aqui já se parece um...

Luciano Nunes Assunção